Vício em telas: jovens encontram opções reais para fugir dessa prática | F5 News - Sergipe Atualizado

Saúde
Vício em telas: jovens encontram opções reais para fugir dessa prática
Psicóloga explica que o equilíbrio entre o uso de telas e o mundo real é essencial
Cotidiano | Por F5 News 12/07/2025 15h00 |


Quanto tempo você passa olhando para telas? Essa prática faz parte do nosso cotidiano, mas está prejudicando muita gente. Quando se fala na era das redes sociais a problemática aumenta e afeta pessoas de todas as idades que já estão imersas nesse contexto.

O F5 News conversou com a psicóloga Bianca Galindo. Ela explica que o uso abusivo de telas, especialmente nas redes sociais, está associado à diminuição de funções cognitivas importantes, como atenção, concentração e raciocínio.

“O excesso de informações ao qual somos expostos nas telas sobrecarrega a capacidade real de elaboração de informações. A cada rolagem, a cada notificação, o cérebro é inundado por estímulos que alimentam um estado constante de vigilância e agitação. Esse fluxo ininterrupto de novidades, imagens e mensagens acelera o ritmo interno, dificultando a clareza mental”, descreve Galindo.  

 

Esse processo, que se tornou corriqueiro, pode favorecer a ansiedade intensa, a irritabilidade e a dificuldade em lidar com frustrações.

“Sem pausas verdadeiras, a mente e o corpo perdem sua capacidade natural de autorregulação, o que impacta diretamente o bem-estar emocional e a qualidade de vida. Estudos apontam, inclusive, que mais tempo de telas está associado a sintomas mais graves de depressão, ansiedade, desatenção e agressividade disfuncional”, alerta a psicóloga ao portal.

Para tentar fugir dessa realidade, algumas pessoas têm encontrado outras opções de lazer longe das telas, no mundo real. Entre elas os jovens da geração Z. Sim, você não leu errado. A sergipana Leticia dos Anjos Rocha, 20, é um exemplo dessa realidade. Ela encontrou na prática da atividade física a oportunidade de se desconectar das redes sociais.

“Comecei a correr e esse tem sido meu ‘escape' para sair das redes. Gasto o tempo que gastaria nas redes me arrumando pra correr, indo correr e voltando com uma satisfação imensa de prazer, orgulho por ter me superado e entre outros benefícios. E uma coisa que passei a praticar agora pouco foi antes de dormir tentar sair do celular para melhorar a qualidade do meu sono”, descreve a estudante.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Ela ainda comenta que sua rotina se baseava no uso constante de celular e das redes sociais.

“Eu fazia o básico do dia a dia, mas era em prol de ter um tempo livre para ‘maratonar’ meu seriado. Para ver os reels do Instagram ou ver as novidades virtuais”, comenta ao F5.

Agora com um tempo dedicado a atividades físicas, Letícia acredita que essa prática mudou sua forma de observar o mundo ao seu redor.

“Aprendi a desacelerar um pouco mais a minha cabeça e diminuir as comparações, focando em mim, em quem sou, o que posso fazer e os meus objetivos. Tirei totalmente o foco do outro e da realidade de seriados.  Mudou minha autoestima, minha facilidade em socializar ainda mais”, afirma.

Compartilhando do mesmo entendimento, Bianca Galindo acrescenta que as atividades fora do mundo digital nos conecta ao ritmo natural do corpo e da mente.

“Estudos mostram que experiências prazerosas longe das telas ativam o cérebro de maneira mais equilibrada, estimulando a liberação gradual e saudável de dopamina — o neurotransmissor associado ao prazer e à motivação. Diferente das respostas rápidas e intensas geradas pelas telas, essas atividades promovem bem-estar de forma mais duradoura”, explica a psicóloga.

O segredo não é interromper por completo o uso das telas, mas buscar o equilíbrio para obter uma vida dentro do mundo real.

“Os limites são essenciais no relacionamento com as telas e o universo digital. É
recomendado limitar o tempo de tela recreativo a menos de duas a três horas por dia. Quando se fala em redes sociais, 30 minutos por dia pode melhorar significativamente o bem-estar. É importante considerar a qualidade do tempo de tela, ter pausas regulares, expandir o campo de visão e fazer outras atividades”, completou Bianca Galindo ao F5 News.

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