Sergipe registrou crescimento de 3,1% no Produto Interno Bruto (PIB), totalizando R$ 60,82 bilhões, em 2023. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 14, pelo Observatório de Sergipe, vinculado à Subsecretaria de Estudos e Pesquisas da Secretaria Especial de Planejamento, Orçamento e Inovação (Seplan), com base em estudo feito em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Seplan

Em 2023, o crescimento da economia sergipana foi impulsionado pelos setores da Agropecuária, com alta de 7,6%, e de Serviços, em crescimento de 2,7%. Já o setor de Indústria apresentou retração de 2,1%, que se justifica pela queda de 13,2% no segmento de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação. O setor de Serviços manteve-se como o principal componente da economia estadual, respondendo por 72,6% de tudo que foi movimentado em 2023, seguido pela Indústria, com 20,9%, e Agropecuária, que responde por 6,5%.

Já o PIB per capita, calculado pela divisão do Produto Interno Bruto pelo número de habitantes da localidade, atingiu o valor de R$ 27.518,80, garantindo ao estado a 5ª posição no ranking nordestino. Para acessar o estudo completo do PIB de Sergipe em 2023, clique aqui.

PIB Trimestral

A partir de agora, além da divulgação anual do PIB do IBGE, feita em parceria com o Observatório de Sergipe, o Estado também terá uma metodologia própria para calcular o PIB de maneira mais célere e trimestralmente, com o objetivo de superar a defasagem de cerca de dois anos do PIB do IBGE. A iniciativa é fruto da parceria entre o Observatório de Sergipe, vinculado à Seplan, a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e a Universidade Federal de Sergipe (UFS).

Com base na nova metodologia, os resultados preliminares dos grandes setores da economia apontam um crescimento em torno de 3,0% em 2024, índice alinhado às projeções de outros órgãos, como o Banco do Nordeste do Brasil, que estimou um crescimento para Sergipe, em 2024 de 3,6%.

O secretário de Planejamento, Orçamento e Inovação, Julio Filgueira, destacou como será a metodologia. “Sergipe passará a publicar, pela primeira vez, o PIB Trimestral, que nos permitirá acompanhar o desempenho da economia de forma mais rápida e detalhada. O novo modelo representa um avanço significativo no monitoramento da economia sergipana, colocando Sergipe entre as poucas unidades da federação que realizam o cálculo trimestral do PIB. Desta forma, será possível atestar a eficácia das políticas e ações estratégicas coordenadas pelo Governo do Estado que impactam no crescimento econômico e na geração de riqueza em Sergipe”, destaca.

Como o novo modelo do PIB Trimestral ainda está em fase de ajustes e envolve grande volume de dados e fontes, os resultados, embora calculados trimestralmente, serão divulgados apenas uma vez nesta etapa inicial. A previsão é que o PIB de Sergipe referente a 2025 seja divulgado até meados de 2026, enquanto o dado oficial do IBGE sairá apenas no final de 2027.

Cenário Nacional

Os resultados do PIB de 2023 em Sergipe acompanham o desempenho positivo do país, cujo PIB chegou a R$ 10,94 trilhões, com alta de 3,2% no mesmo período. Na Região Nordeste, o PIB somou R$ 1,51 trilhão em 2023, representando um crescimento de 2,9% em volume. Todas as regiões brasileiras apresentaram avanço, com destaque para o Centro-Oeste (7,6%), que liderou a expansão, seguido por Norte e Nordeste (2,9%, ambas), Sudeste (2,7%) e Sul (2,6%).

"Os resultados do PIB para 2023 e de nossa projeção para 2024, por meio do PIB trimestral, demonstram a consolidação do crescimento econômico que estamos percebendo no estado”, explicou o subsecretário de Estudos e Pesquisas, responsável pelo Observatório de Sergipe, Ciro Brasil.

Em 2023, o PIB de Sergipe representou 0,6% do total brasileiro, mantendo a mesma participação observada desde 2014. No contexto nordestino, o estado respondeu por 4,0% do PIB regional. Todas as unidades da federação apresentaram taxas positivas de crescimento no ano. Os maiores avanços foram registrados no Acre (14,73%), Mato Grosso do Sul (13,44%) e Mato Grosso (12,88%). Já as menores variações ocorreram em Rondônia (1,29%), Rio Grande do Sul (1,31%) e São Paulo (1,38%).