Conheça a história de pais que transformam desafios do autismo em superação | F5 News - Sergipe Atualizado

Dia dos Pais
Conheça a história de pais que transformam desafios do autismo em superação
No Dia dos Pais, relatos mostram como a paternidade atípica inspira e quebra preconceitos
Cotidiano | Por F5 News 10/08/2025 09h00 |


No Dia dos Pais, o amor ganha novos contornos quando a paternidade vem acompanhada de desafios que exigem força, paciência e aprendizado diário. O portal F5 News conversou com dois pais que vivem a chamada paternidade atípica: cuidar e acompanhar de perto filhos autistas, enfrentando obstáculos, preconceitos e, principalmente, celebrando conquistas.

Cleber Watson é pai de Artur Alves, 12 anos, diagnosticado com autismo de grau leve. O momento do diagnóstico foi marcante. “Foi um susto muito grande, como se fosse um luto, uma difícil aceitação”, relembra. A notícia trouxe mudanças profundas na rotina da família. Cleber e a esposa buscaram se aprofundar no tema para oferecer o melhor ao filho. Entre terapias, consultas e compromissos, a correria é constante, mas, segundo ele, cada esforço é recompensado. “A gente gosta muito de tecnologia e passear. Ele gosta muito de viajar”, conta.

O ambiente escolar, porém, nem sempre foi acolhedor. “Sempre foi o pior ambiente para ele. Tentamos dar suporte à escola para promover mais inclusão, mas o autismo de grau leve é mal interpretado”, afirma. Cleber reforça que, apesar das dificuldades, desistir nunca foi opção. “É uma batalha difícil, mas que tem uma recompensa muito grande, principalmente um amor puro e sincero.”

Já Marcelo Gonçalves da Silva é pai de Marcelo Aquino Rosa Silva, de 6 anos, diagnosticado com autismo nível 1 e TDAH. O diagnóstico precoce só foi possível graças à experiência da esposa, que é psiquiatra infantil. Ainda nos primeiros meses de vida, ela percebeu sinais como atraso na fala e gestos repetitivos. “Conseguimos o diagnóstico cedo e buscamos os profissionais certos para oferecer qualidade de vida a ele. É uma luta diária”, relata.

Marcelo destaca que, diferente de muitas famílias, ainda não enfrentou situações de preconceito na escola. A escolha da instituição foi criteriosa e, hoje, o filho conta com uma rede de apoio que envolve fonoaudióloga, pedagoga, terapeuta ocupacional, psicóloga e psicomotricista. “Meu filho tem uma rotina de um adulto. Pela manhã ele estuda e, à tarde, faz terapias todos os dias. Também buscamos ambientes movimentados para estimular a interação social”, explica.

Mais do que a adaptação à rotina intensa, Marcelo diz que a paternidade atípica mudou sua forma de ver a vida. “Eu não sabia o que era o autismo ou o TDAH. Fui estudar, participar de palestras, trocar informações com outros pais. O que aprendi é que o amor é essencial e que a presença do pai é fundamental. Todo dia é um desafio, mas também uma oportunidade de vencer.”

Tanto Cleber quanto Marcelo deixam a mesma mensagem para outros pais: não desistam. Porque, para eles, cada esforço é compensado por momentos de afeto genuíno e um amor que não se explica, apenas se sente.

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