José Lael: veja a cronologia do crime em Sergipe e seus desdobramentos
Do atentado ao advogado à morte da médica Danielle Barreto no presídio: relembre acontecimentos do caso Cotidiano | Por F5News 10/09/2025 06h00 - Atualizado em 10/09/2025 06h16 |O assassinato do advogado criminalista José Lael de Souza Rodrigues Júnior, em outubro de 2024, desencadeou uma das investigações de maior repercussão em Sergipe nos últimos anos. O caso, que ganhou ainda mais atenção após a prisão da médica Danielle Barreto, esposa da vítima e apontada como mandante do crime, teve desdobramentos marcados por prisões, indiciamentos, trocas de defesa, cartas polêmicas e, por fim, um desfecho trágico com a morte da cirurgiã plástica no presídio nesta terça-feira (9). A seguir, confira a cronologia dos principais fatos que marcaram o caso até o momento.
18 de outubro de 2024 – Atentado em Aracaju
O advogado criminalista José Lael, de 42 anos, e o enteado foram alvejados a tiros em frente ao edifício onde moravam, no bairro 13 de Julho, em Aracaju. Lael não resistiu aos ferimentos e morreu, enquanto o enteado sobreviveu após atendimento médico.
19 de outubro de 2024 – Investigação inicial
A Polícia Civil iniciou as apurações e passou a reunir elementos sobre a motivação do crime. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que se tratava de um homicídio encomendado, descartando a hipótese de latrocínio.
11 de novembro de 2024 – Prisões
A polícia deflagrou uma operação para cumprir mandados relacionados ao assassinato. Entre os alvos estavam suspeitos de envolvimento direto e indireto no crime, incluindo a médica Danielle Barreto, esposa da vítima.
13 de novembro de 2024 – Motivação
A Polícia apontou que a motivação do crime envolveu desavenças familiares, relacionamento extraconjugal e um conturbado processo de separação com disputa pela divisão do patrimônio. A irmã da vítima também destacou que Danielle não compareceu ao sepultamento e viajou logo após o crime.
14 de novembro de 2024 – Prisão de suspeito apontado como atirador
Um dos investigados, acusado de ser o autor dos disparos contra Lael, foi preso pela Polícia Militar. A prisão reforçou a tese de crime premeditado.
21 e 22 de novembro de 2024 – Cartas e acusações
A cirurgiã plástica Danielle Barreto divulgou cartas em que afirmou ter sido vítima de violência durante o casamento. A família de Lael, por sua vez, publicou vídeos nas redes sociais para rebater as acusações de violência doméstica contra o advogado e reforçar a defesa de sua memória.
Janeiro de 2025 – Indiciamento dos envolvidos
A Polícia Civil concluiu o inquérito e indiciou sete pessoas por homicídio qualificado, incluindo Danielle Barreto, apontada como mandante do assassinato.
Fevereiro de 2025 – Audiência de instrução
A Justiça realizou a primeira audiência de instrução e julgamento, dando continuidade ao processo criminal contra todos os indiciados.
Maio de 2025 – Prisão domiciliar
Danielle deixou o presídio após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que concedeu prisão domiciliar em liminar proferida pelo ministro Gilmar Mendes, com base em elementos apresentados pela defesa que indicavam histórico de violência doméstica.
Julho de 2025 – Denúncia de advogado
O advogado que representava Danielle alegou ter sido vítima de um atentado. O caso foi comunicado às autoridades e passou a ser investigado em paralelo ao processo principal.
Setembro de 2025 – Prisão, defesa e internação
O STF determinou o retorno de Danielle ao regime fechado. Seus primeiros advogados renunciaram ao caso por questões contratuais. Em seguida, um novo escritório assumiu a defesa da médica, que foi internada em uma clínica psiquiátrica particular em Aracaju, alegando problemas de saúde mental.
9 de setembro de 2025 – Morte no presídio
Danielle Barreto foi encontrada morta no Presídio Feminino de Sergipe. Segundo informações apuradas, ela teria tirado a própria vida após relatar intenção de tirar a vida durante audiência de custódia.
Com a morte da médica, sua punibilidade se extingue, como prevê o Código Penal. No entanto, o processo segue normalmente em relação aos outros seis réus que permanecem presos. “Eles serão ouvidos e, caso as responsabilidades sejam comprovadas, deverão ser julgados pelo Tribunal do Júri”, afirmou o advogado Guilherme Maluf, representante da família de José Lael, em entrevista à TV Atalaia.





