A cirurgiã plástica Danielle Barreto Oliveira, de 47 anos, ganhou notoriedade em Sergipe não apenas pela carreira consolidada na medicina estética, mas também por estar no centro de uma das investigações criminais mais repercutidas do estado nos últimos anos.

reprodução/redes sociais

Natural de Aracaju, Danielle era especialista em cirurgia plástica e proprietária de uma clínica na capital sergipana, onde atendia pacientes e compartilhava conteúdos sobre procedimentos estéticos. Com registro profissional nos Conselhos Regionais de Medicina de Sergipe, Bahia e Rio de Janeiro, construiu uma trajetória reconhecida no segmento.

Nas redes sociais, a médica também cultivava forte presença digital: seu perfil no Instagram reunia mais de 143 mil seguidores, com publicações que variavam entre rotina profissional, viagens em família e dicas ligadas ao universo da estética.

A vida pessoal, no entanto, tomou rumos trágicos em 18 de outubro de 2024, quando o advogado José Lael de Souza Rodrigues Júnior, de 42 anos, com quem Danielle era casada há mais de uma década, foi assassinado a tiros em frente ao condomínio onde morava, no bairro Jardins, zona sul de Aracaju.

As investigações conduzidas pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) apontaram o envolvimento de Danielle e mais três pessoas no crime. Segundo a polícia, a motivação estaria relacionada a desavenças familiares, relacionamento extraconjugal e um conturbado processo de separação com disputa pela divisão do patrimônio.

Morte no Presídio

Nesta terça-feira (9), a trajetória da médica teve um desfecho dramático. Danielle Barreto foi encontrada morta no Presídio Feminino (Prefem), em Sergipe. Informações apuradas pelo F5News indicam que ela teria tirado a própria vida. Fontes ligadas ao caso relataram que, ainda durante a audiência de custódia, Danielle já havia mencionado a intenção de cometer suicídio.

reprodução TV Atalaia

Antes de ser levada ao presídio, a médica estava internada em uma clínica de repouso na zona norte de Aracaju. Na manhã de terça-feira, foi conduzida por policiais civis ao Fórum Gumersindo Bessa, onde participou da audiência de custódia. Durante o procedimento, ficou definido que ela teria acompanhamento médico enquanto estivesse sob custódia.

Após deixar o fórum, Danielle foi encaminhada ao DHPP e, em seguida, ao Departamento do Sistema Prisional (Desipe), de onde seguiu para o Prefem. Já na unidade, foi colocada em uma sala reservada, em isolamento, onde deveria permanecer pelos próximos dez dias. A médica também tinha uma consulta psicológica marcada para esta quarta-feira (10).

Segundo a Secretaria de Justiça de Sergipe (Sejuc), “o episódio ocorreu por volta das 16h20, quando o advogado da custodiada se apresentou na unidade prisional para atendê-la. Ao se dirigir à cela, a equipe constatou que a interna estava desacordada, com um lençol enrolado na região do pescoço”.

Na semana anterior, o Supremo Tribunal Federal (STF) havia revogado a prisão domiciliar que Danielle cumpria desde maio, sob monitoramento por tornozeleira eletrônica. Com a decisão, ela retornou ao regime fechado, do qual não sairia com vida.