Alta nos combustíveis afeta espera por viagens em apps como Uber
Associação: 25% dos motoristas desistiram devido a dificuldades para encher o tanque Economia | Por Metrópoles 28/08/2021 11h43 |A massoterapeuta Ana Paula Aparecida de Oliveira, de 38 anos, é motorista de aplicativo há cinco anos, desde que se divorciou e se viu diante da responsabilidade de arcar sozinha com as contas da casa que divide com os dois filhos, de 14 e 18 anos. Há alguns meses, porém, a fonte de renda virou alvo de questionamento diante do que ela chama de “vilão”: a alta do combustível.
O preço da gasolina sofreu diversos reajustes neste ano e chegou a R$ 7, o litro, em alguns estados. Em São Paulo, o litro da gasolina custa em torno de R$ 5, um dos mais baratos do país. O etanol vale, em média, R$ 4,30, segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a alta acumulada foi de 27,5%, entre janeiro e julho deste ano.
Ana Paula diz que não rejeita corridas, mas de acordo com Eduardo Lima de Souza, presidente da Associação de Motoristas de Aplicativos de São Paulo (Amasp), a prática tem sido cada vez mais recorrente, ainda mais quando o passageiro está a mais de 2 quilômetros de distância do condutor. “Outro dia eu percorri quase 6 quilômetros para pegar um passageiro que rodou 1,8 quilômetro, ou seja, gastei dois litros de gasolina para ganhar R$ 8. No fim, desembolsei R$ 1,75 para deixar o passageiro no destino”, calcula.
Continue lendo no Metrópoles, parceiro do F5News.





