Aracaju registra terceiro aumento consecutivo no custo da cesta básica
Mesmo com alta, a cesta básica da capital sergipana é uma das mais baratas Economia | Por F5 News 05/08/2021 19h00 |A cesta básica de Aracaju registrou a terceira alta consecutiva, de acordo com pesquisa mensal divulgada nesta quinta-feira (5) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Ainda assim, no mês de julho, entre as capitais com o menor valor no conjunto dos 12 alimentos pesquisados, Aracaju ocupa o terceiro lugar no ranking, com o custo de R$ 488,42, perdendo apenas para Recife (R$ 487,60) e Salvador (R$ 482,58).
De acordo com o levantamento, o preço da cesta básica subiu em 15 das 17 capitais pesquisadas, na comparação entre julho e junho. Segundo o Dieese, as maiores altas foram registradas em Fortaleza (3,92%), Campo Grande (3,89%), Aracaju (3,71%), Belo Horizonte (3,29%) e Salvador (3,27%).
As cestas mais caras são as de Porto Alegre (R$ 656,92), Florianópolis (R$ 654,43) e São Paulo (R$ 640,51).
Nos primeiros sete meses de 2021, 14 capitais acumularam altas, com taxas entre 0,04%, no Rio de Janeiro, e 14,71%, em Curitiba. As reduções foram observadas em Belo Horizonte (-3,35%), Brasília (-1,60%) e Goiânia (-0,30%).
Entre os produtos que impulsionaram o custo da cesta básica está o tomate que, em julho, teve alta em 15 capitais, sendo 39,95% em Belo Horizonte, 34,24% em Goiânia e 34,1% em Fortaleza. Segundo o Dieese, o aumento está relacionado ao frio, que atrasou a maturação do fruto, diminuindo a oferta.
O açúcar também teve elevação nos preços em 15 capitais em julho, com percentuais que variaram entre 8,12% no Rio de Janeiro e 1,59% em Belém. De acordo com o Dieese, o aumento nos preços acontece devido a entressafra e alta do petróleo, que estimula a produção de etanol, concorrendo com a fabricação de açúcar. O aumento das exportações foi outro fator que puxou os preços para cima.
O café foi outro item que teve alta de preço em 15 capitais, como Vitória (10,96%), São Paulo (9,88%), Campo Grande (8,77%) e Brasília (8,14%).
Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em julho, 55,68% (média entre as 17 capitais) do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em junho, o percentual foi de 54,79%.





