CGM estima prejuízo de R$ 2 milhões na gestão de Edvaldo Nogueira
34 toneladas de medicamentos comprados estavam com validade vencida Política 12/04/2013 11h53 |Por Fernanda Araujo
Um prejuízo estimado em R$ 2 milhões aos cofres públicos na administração de Edvaldo Nogueira é o que revela a auditoria realizada na Secretaria Municipal de Saúde, pela Controladoria Geral do Município, anunciada em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (12).
O presente de grego foi deixado pela antiga gestão, podendo causar futuramente sérios transtornos à Saúde. O prejuízo, que ainda pode ser superior, se refere a um grande número de materiais, como produtos alimentícios, medicamentos e equipamentos comprados e que nem sequer foram utilizados. “Estamos abrindo a 'caixa preta´. Baseados nas denúncias da imprensa, nós apuramos. Auditoria realizada foi a pedido também pela própria secretária atual e o prefeito João Alves”, salienta o secretário-chefe da Controladoria Geral do Município, Lion Rodrigues Schuster.
O secretário afirma que, até o momento, foram encontrados 34 toneladas de remédios vencidos. “Não é que eles compravam remédios vencidos, nós encontramos esses remédios, vencidos já há mais de três anos. Falava-se em 11 mil quilos de remédios que estavam sendo perdidos. Digo 34 toneladas porque nós freamos a auditoria, senão não ia acabar porque os postos de saúde estavam devolvendo todo dia para a secretaria mais remédios vencidos. Isso significa que a situação é bem mais grave”, relata.
Ainda de acordo com o relatório técnico, dos 62 autoclaves comprados, (aparelhos utilizados para esterilizar artigos através do calor úmido por pressão) 19 ainda não foram utilizados e seis são inadequados, totalizando 25 unidades obsoletas e mais uma perda de R$ 434 mil e 650 reais (40,32%)
Segundo Lion Schuster, a gestão municipal anterior não acompanhava o controle dos materiais adquiridos, o que indica a falta de eficiência e economicidade. “Encontramos remédios jogados no chão, tudo desarrumado. Outra coisa, uma lata de leite especial que custa 500 reais, havia centenas delas, todas vencidas, que não foram distribuídas para a população carente. Para mim. essa é uma das coisas que mais me revolta: crianças morreram subnutridas e não tiveram acesso a esse leite, em grande parte doado pelo Governo Federal”.
A denúncia já foi levada ao MPE, MPF, Procuradoria Geral do Estado, TCU e TCE, para que tomem as providências necessárias. Todas as 34 toneladas de remédios deverão ser incineradas por uma empresa especializada em Salvador (BA) porque não há uma empresa em Sergipe que faça incineração desse tipo de material, conforme explica o secretário. De acordo com ele, só a incineração cust
a na faixa de 600 mil reais. “Mas, vamos fazer a licitação e procurar melhor preço”.Investigação
Mais auditorias da CGM também estão marcadas para serem realizadas ainda na SMS e em outras secretarias. O Hospital de Cirurgia também será alvo. “Montamos uma comissão porque houve denúncia sobre contratos irregulares no hospital. Vamos requisitar alguns documentos. Mas o TCU está indo ao local, fazendo nova inspeção baseada em nosso relatório”, diz.
Outro problema a ser investigado é a questão do lixo. A CGM já levantou alguns dados e fará auditoria minuciosa para apresentar uma possível solução. A pretensão é transformar o lixo produzido na capital em energia sustentável. “Serão aproveitados 98% do lixo. O lixo de Aracaju dá para produzir energia para 50% da cidade. O custo para a prefeitura é zero. As empresas vêm, montam a usina, mas a Prefeitura não entra com um centavo. As empresas somente cobram no contrato que a Prefeitura entregue o lixo para elas. A energia é oferecida com 30% de desconto do que é pago hoje para a Energisa. Na Europa não é mais permitido aterro sanitário. Sergipe tem que seguir o exemplo, não podemos esperar”, defende Lion.


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