Com dívida de R$ 530 milhões, Prefeitura de Aracaju anuncia corte de gastos
Política 09/01/2017 10h31 - Atualizado em 09/01/2017 11h11 |Por Will Rodriguez
Muito grave. Assim foi classificada a situação econômica do Município de Aracaju pelo prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB). Na manhã desta segunda-feira (9), o comunista assinou decretos de contenção de gastos para fazer frente à dívida milionária deixada pela administração de João Alves Filho (DEM).
Pelos cálculos da nova equipe econômica, há um débito de cerca de R$ 530 milhões, mas o montante de restos a pagar pode ser maior, alcançando os R$ 600 milhões.
O rombo nas contas do Município é resultado do que Edvaldo chamou de desmandos. "É como se existissem várias prefeituras, cada uma atuando como queria", citou Nogueira.
O inchaço da máquina administrativa atingia todas as pastas. Segundo oo atual prefeito, a secretária da Educação, por exemplo, tinha 70 linhas telefônicas à disposição apenas na sede. Já a Fundação Municipal de Formação para o Trabalho (Fundat) alugava uma residência que funcionava como sede no bairro Santos Dumont, zona Norte, por R$ 40 mil ao mês, do qual a metade era paga com recursos próprios da Administração.
Para contingenciar esses excessos, Edvaldo Nogueira decretou a revisão de todos os contratos da Prefeitura de locação ou prestação de serviços. "No meu gabinete havia oito carros locados, devolvi todos. Estou andando em um línea, depois eu pego um melhor para andar mais confortável”, afirmou o prefeito.
Os decretos também limitam a nomeação de cargos comissionados em 50% porque, de acordo com os dados apresentados por Edvaldo, nos últimos quatro anos a despesa com a folha de pessoal cresceu 43% e atualmente supera os R$ 900 milhões. Os gastos com os CCs, por exemplo, saltaram de R$ 1,3 milhão em 2012 para R$ 7 milhões no ano passado. Pelas projeções da nova administração, só a redução de comissionados deve gerar uma economia da ordem de R$ 36 milhões ao ano.A Prefeitura também vai reduzir em 20% as despesas de custeio com telefonia celular e outros serviços. Os processos licitatórios em andamento foram suspensos. As gratificações e horas-extras devem ser enxugadas em até 50%; as licenças e afastamentos remunerados estão temporariamente suspensos e a Prefeitura também vai cancelar o apoio e patrocínio a todas as festas e eventos, exceto as que estejam no calendário de atividades do Município, como o Aniversário da Cidade, em março.
“Se não paga o servidor, não pode fazer carnaval. Havia um desequilíbrio efetivo (nas contas). Se não estancarmos a sangria, não sairemos desse buraco. Mas não vou conseguir fazer nada sozinho, sou otimista, porém (a solução) vai depender da maneira como cada um de nós vai enfrentar os desafios deste primeiro ano, para que no segundo ano a gente comece a avançar”, observou Nogueira, ao projetar que as medidas devem surtir efeitos a médio e longo prazos.
F5 News não conseguiu ouvir o ex-prefeito João Alves Filho (DEM) sobre as dívidas. Na última entrevista concedida pelo democrata à imprensa, antes de deixar o cargo, ele afirmou que estava "deixando a Prefeitura melhor do que recebeu de Edvaldo".
Foto: Will Rodriguez/F5 News


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