Conheça seis desafios de Edvaldo para administrar Aracaju
Política 31/10/2016 11h50 - Atualizado em 31/10/2016 12h20 |Por F5 News
Passadas as comemorações pela vitória no segundo turno, o prefeito eleito de Aracaju, Edvaldo Nogueira (PCdoB), não terá tempo para descanso e precisa arregaçar as mangas e começar a pensar no próximo governo. Questões como mobilidade, pagamento do funcionalismo público, desenvolvimento urbano e vagas em creche são obstáculos que o novo gestor enfrentará nos próximos quatro anos.
Pela frente, um punhado de projetos a tocar, como a implantação ou não do BRT, e uma série de lacunas a preencher - algumas velhas conhecidas dele, que já administrou a capital por mais de seis anos; outras que surgem como legado da gestão de João Alves Filho (DEM).
F5 News elencou seis desafios que devem receber prioridade na agenda da próxima administração.
Contas no vermelho
Os reflexos da crise econômica foram sentidos de forma mais severa pelos aracajuanos nos últimos meses. A Secretaria da Fazenda estima que a cada mês as transferências externas sofram uma retração de 50% e a conta acabou tendo que ser paga pela população, com o comprometimento de serviços como a limpeza urbana, e também pelos servidores municipais, que amargam atrasos salariais recorrentes. Enxugar a máquina administrativa e cortar na própria carne reduzindo as despesas de custeio e os cargos comissionados será, certamente, a tarefa mais importante já a partir de janeiro de 2017.
Licitação Transporte Público
Conservação dos ônibus, falta de infraestrutura nos terminais, atrasos, preços das passagens são alguns dos problemas que os usuários do transporte público da Grande Aracaju enfrentam diariamente. Para tentar resolver a questão, desde 2011 discute-se a necessidade de licitação do serviço. A Assembleia Legislativa já aprovou há cerca de um ano a criação do consórcio de transporte público coletivo urbano da região metropolitana de Aracaju (CTM), mas a licitação ainda não foi feita. O consórcio visa regulamentar a prestação do serviço, que atualmente atende 60% da população, através de instrumentos de controle, fiscalização e a arrecadação de taxas e tarifas.
Plano Diretor
Defasado há mais de uma década, o plano diretor de Aracaju começou a ser revisado na atual gestão, mas após várias audiências públicas, ainda não foi enviado para votação na Câmara de Vereadores porque continua parado no Conselho de Desenvolvimento Urbano (Condurb). O último plano foi aprovado em 2000 e já deveria ter sido revisado, mas por prorrogações e imbróglios jurídicos isso não ocorreu. Após uma decisão judicial em 2012, provocada por um mandado de segurança que impedia a votação, o prefeito João Alves Filho optou por retirar o Plano Diretor da Câmara e o destinou a novos estudos e modificações.
Licitação do Lixo
Não foram poucas as vezes em que os aracajuanos amanheceram sem os serviços de limpeza urbana e coleta de lixo nos últimos anos. Nem mesmo a troca da empresa resolveu o problema. Nesta segunda-feira (31), por exemplo, a Cavo ameaça suspender a coleta mais uma vez, caso a prefeitura não pague um débito estimado em mais de R$ 19 milhões. Para além disso, o contrato em vigência é emergencial e termina em março do próximo ano. Já os contratos com a empresa Torre, com vigência entre 2010 e 2016, estão na mira de uma investigação do Ministério Público Estadual (MPE) por um suposto superfaturamento dos valores fixados ainda na gestão Edvaldo.
Equação do ensino
A desafiadora equação que envolve o ensino infantil não pode passar ao largo da administração de Edvaldo Nogueira. Um estudo com dados nacionais feito pelo Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul, no final do ano passado, revela que apenas 9,1% das crianças de 0 a 3 anos têm acesso às creches em Aracaju, e 75% das crianças com 4 e 5 anos estão na pré-escola. A prefeitura precisa correr contra o tempo: termina este ano o prazo para garantir a vaga de todas as crianças entre quatro e cinco anos e, até 2024, tem que matricular metade das crianças de até três anos nas creches. Essas metas foram definidas pelo Plano Nacional de Educação, uma lei aprovada em 2014.
Acesso à saúde
A recente suspensão do atendimento nos Hospitais Municipais levou à superlotação do Hospital de Urgências de Sergipe (Huse), segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES). Manter a assistência na rede municipal é garantir que a rede estadual não ficara à beira de um colapso. Na atual gestão, a implantação do horário estendido em dez unidades básicas de saúde, que passaram a atender até as 20 horas, ajudou a descentralizar os atendimentos de baixa complexidade, desafogando os hospitais. A ampliação do horário é vista com bons olhos pela população. Além disso, o prefeito terá também que acertar as contas com os hospitais filantrópicos que acumulam débitos da PMA, comprometendo o atendimento, como no caso dos pacientes com câncer no Hospital Cirurgia.
Sistema BRT
A implantação do sistema de transporte Bus Rapid Transit (BRT) foi a principal promessa de campanha do atual prefeito João Alves Filho (DEM), mas não saiu do papel. Apesar disso, o projeto foi iniciado e algumas licitações estão em andamento. O sucessor de João terá que a partir de janeiro reavaliar a viabilidade do projeto, que está na mira do Ministério Público do Estado (MPE). A implantação do sistema envolve a construção de vias exclusivas para os ônibus em sete avenidas, além da implantação de cinco terminais e estações.


Recursos vão ampliar ações de combate à fome, fortalecer a agricultura familiar e garantir mais proteção social às famílias vulneráveis

Em vídeo publicado, o pastor afirma não ter medo da prisão nem de Moraes

Enquanto vereadores expressam indignação e solidariedade ao pastor, outros defendem a investigação e reforçam que nenhum cidadão está acima da lei

Projeto do "ECA Digital" foi aprovado pela Câmara dos Deputados e segue para o Senado

Texto obriga plataformas a adotarem medidas contra crimes na internet