Nise defende cloroquina em CPI e senadores, insatisfeitos, pedem acareação | F5 News - Sergipe Atualizado

Covid-19
Nise defende cloroquina em CPI e senadores, insatisfeitos, pedem acareação
Médica foi convocada para falar sobre tratamento precoce e suposto "ministério paralelo"
Política | Por Agência Senado 01/06/2021 15h02 - Atualizado em 01/06/2021 17h05 |


A CPI da Pandemia inaugurou nesta terça-feira (1) uma nova fase de depoimentos, em que serão ouvidos profissionais de saúde e pesquisadores. A primeira a falar foi a oncologista e imunologista Nise Hitomi Yamaguchi, que defendeu o uso da cloroquina como integrante do tratamento inicial contra a covid-19, a autonomia dos médicos e a independência dos pacientes, mas negou que tenha tentado alterar a bula do remédio.

Insatisfeito com o depoimento da médica, o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), já avisou que será necessário fazer uma acareação com o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta ou com o diretor presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.

Mandetta havia relatado aos parlamentares que participou de uma reunião no Palácio do Planalto, em abril do ano passado, quando viu um papel não timbrado que seria a minuta de um decreto presidencial para alterar a bula de modo a indicar o medicamento contra a covid-19. Dias depois, o chefe da Anvisa, Antonio Barra Torres, confirmou a reunião e disse que Nise Yamaguchi parecia estar “mobilizada com essa possibilidade”.

Pressionada várias vezes pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), e por outros senadores, ela negou e esclareceu que a reunião foi para tratar da Resolução 348, da Anvisa, sobre novas indicações terapêuticas.

"Fui convidada para uma reunião oficial e nessa situação não houve minuta de bula. Nem discuti isso. Não existiu nem ideia de mudança de bula por minuta ou decreto [...]  Sou especialista em regulação, isso não existe", afirmou Nise.

"O que foi dito pelo ministro Mandetta e por Barra Torres é que o documento estava em cima da mesa e não foi aceito. Diante disso, o ministro Braga Netto rasgou o papel", afirmou Aziz

Discussões

O depoimento foi marcado por interrupções e discussões entre os parlamentares. Oposicionistas e o relator alegaram que a médica não respondia a questões e a interromperam por várias vezes, o que provocou protestos da senadora Leila Barros (PSB-DF), que pediu respeito à testemunha. "Ela não consegue completar um raciocínio sequer e não pode se explicar", reclamou Leila.  

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) chegou a apresentar uma questão de ordem para que a reunião fosse encerrada e a médica retornasse à CPI na condição de convocada. O presidente, Omar Aziz, cogitou a possibilidade, mas desistiu da ideia. 

 

Mais Notícias de Política
reprodução/redes sociais
07/07/2025  10h43 Fiscal de eleição do PT registra agressão durante votação interna em Aracaju
Assessoria de Comunicação
07/07/2025  09h52 Rogério é eleito presidente do PT em Sergipe e diz que partido voltará a ser referência
Fernando Frazão/Agência Brasil
06/07/2025  23h05 Em declaração sobre IA, Brics defende código aberto para a tecnologia
Câmara dos Deputados
06/07/2025  10h32 Motta defende diálogo, mas “sem jogar a população contra o Congresso”
José Paulo Lacerda/CNI
06/07/2025  09h00 Projeto disciplina trabalho aos domingos e feriados no comércio

F5 News Copyright © 2010-2025 F5 News - Sergipe Atualizado