Subvenções: testemunhas de acusação prestam depoimento no TJSE
Gerente do Banese afirma que Augusto Bezerra estava presente nos saques retirados pela Amanova e que se sentiu intimidado a mentir na Justiça; deputado nega. Política 30/11/2016 13h25 - Atualizado em 30/11/2016 14h26 |Por F5 News
A portas fechadas, mais uma audiência da fase de instrução do processo das verbas de subvenções da Assembleia Legislativa foi realizada nesta quarta-feira (30), no Tribunal de Justiça de Sergipe. Hoje foram ouvidas três testemunhas de acusação que não tinham prestado depoimento na primeira audiência de instrução, na segunda (28).
O primeiro a ser ouvido foi o gerente do Banese, José Vadson Rodrigues, que em 2014 atuava na agência central vinculada à Assembleia Legislativa (Alese). Naquele ano, segundo o depoimento, ele foi procurado pela presidente da Associação dos Amigos do Bairro Veneza (Amanova), Clarisse Juvelina, e pelo empresário Nollet Feitosa, apontado como o suspeito de ser o operador do suposto esquema de desvio das verbas.
O gerente afirma que os dois foram ao banco para reabrir a conta da instituição, que recebeu várias verbas de subvenção social da Alese, e que todo o dinheiro foi sacado através de cheques assinados pelo deputado Augusto Bezerra. No saque estavam presentes a presidente e a tesoureira da associação, Nollet e o próprio deputado, de acordo com o depoimento.
A testemunha disse ainda que chegou a ser procurado três dias antes do depoimento que deu à Justiça Eleitoral, pelo deputado Augusto Bezerra e pelo advogado dele, Aurélio Belém. O deputado e o advogado teriam pedido ao gerente que não dissesse na Justiça que o parlamentar estava presente nos momentos dos saques.
José Vadson nega que foi ameaçado verbalmente, mas afirmou que se sentiu intimidado e chegou a notar a presença de pessoas estranhas na porta de casa, o que o levou a mentir na Justiça. O gerente diz que voltou atrás e preferiu se retratar.
Outras duas testemunhas, que teriam recebido o dinheiro na agência bancária e cheques em nome dessa associação, a pedido de parentes ou amigos, foram ouvidas. Eles declararam que o valor foi destinado a Nollet Feitosa. O empresário é acusado ainda, por duas testemunhas, de ter ameaçado de morte a procuradora Eunice Dantas, responsável pelas investigações.
As audiências de instrução terminam na próxima sexta-feira, quando mais uma testemunha de acusação deve ser ouvida, a última neste caso. Posteriormente, começam os depoimentos das testemunhas de defesa. Em janeiro de 2017, iniciam os depoimentos interrogatórios dos réus para que, de fato, ocorra o julgamento do caso na Vara Criminal.
Eles negam
Aurélio Belém, advogado de defesa de Augusto Bezerra e Paulinho das Varzinhas, nega que ele ou o deputado tenham intimidado a testemunha e que isso foi uma impressão do gerente. Bezerra também negou o depoimento da testemunha, mas preferiu que as declarações sejam feitas pelos advogados.
Foto: arquivo F5 News


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