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Confira relevantes contribuições científicas na história, inclusive em Sergipe
Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico é celebrado neste sábado (8/7)
Cotidiano | Por F5 News 08/07/2023 18h30 |


A ciência nasce do desconforto, da curiosidade, da necessidade que o ser humano tem de entender e desenvolver coisas. É um processo de construção de conhecimentos que perpassa por questões individuais, ou sociais. Isso porque o resultado alcançado pode atender a uma inquietação particular, ou a uma necessidade coletiva.  

Passaram à História pesquisadores que desenvolveram teses e lançaram hipóteses cujas inspirações e resultados subsidiam estudos nos dias atuais, nomes como o físico, astrônomo e matemático italiano Galileu Galilei, no Século XVI, até o físico teórico inglês Stephen Hawking, que em 1988 lançou o best seller “Uma Breve História do Tempo”. Esses dois exemplos de cientistas na área de Exatas, aclamados mundialmente e cujo legado perdura inabalável, se somam a outros da área de Humanas, como Sócrates e Aristóteles, filósofos na Grécia Antiga, e no campo da Sociologia, por exemplo, Michel Foucault e o brasileiro Herbert José de Sousa, o Betinho. 

Por mais que a pesquisa se desdobre pelas diversas áreas do conhecimento, é comum o saber científico ser muito associado a questões relacionadas à saúde pública. Isso porque, ao longo dos anos, foram desenvolvidos estudos, vacinas, medicamentos, entre outros avanços que asseguraram o aumento da longevidade e da qualidade de vida, com mais ênfase ainda no decorrer da pandemia de covid-19. 

No Brasil, vale ressaltar os cientistas Oswaldo Cruz e Carlos Chagas, que foram precursores em amplas contribuições à saúde pública. O primeiro entrou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro aos 15 anos e, interessado em pesquisar microbiologia, montou um pequeno laboratório no porão da própria casa. Oswaldo Cruz viria a nomear o criado como Instituto Soroterápico Federal, na Fazenda de Manguinhos, Zona Norte do Rio de Janeiro, em 25 de maio de 1900.

"Pelas mãos do jovem bacteriologista Oswaldo Cruz, o Instituto foi responsável pela reforma sanitária que erradicou a epidemia de peste bubônica e a febre amarela da cidade", diz o portal da Fiocruz, a fundação renomeada de modo a homenagear esse protagonismo literalmente salvador de vidas do médico e cientista.

Carlos Chagas, por sua vez, biólogo, médico sanitarista, infectologista, cientista e bacteriologista nascido em 1879, seria o segundo diretor da Fundação Oswaldo Cruz. Apesar de sua carreira e popularidade terem ganho impulso a partir do combate à malária, o mineiro foi fundamental na descoberta do protozoário Trypanosoma cruzi, e a tripanossomíase americana, mais conhecida como doença de Chagas. 

Em Sergipe, também existem relevantes projetos desenvolvidos por pesquisadores na área da saúde. Um deles é relacionado ao tratamento da anosmia definitiva, isto é, a perda do olfato, no caso após o contato com o vírus da Covid-19. O paciente volta a identificar os odores ao passar por uma cirurgia considerada pioneira e desenvolvida pelo Hospital Universitário da UFS. 

Outro projeto que inclusive é voltado à questão da sustentabilidade é o “Insulinadiamor”, também da Universidade Federal de Sergipe, em parceria com as Secretarias de Estado da Saúde (SES) e da Justiça (Sejuc). As canetas de insulina, que antes eram devolvidas ao Centro de Atenção à Saúde de Sergipe, são desmontadas e transformadas em canetas esferográficas que, assim, utilizadas para outro fim. 

Embora a pesquisa científica tenha esse papel fundamental, inclusive no caminho civilizatório, os recursos destinados a ela no Brasil costumam não fazer jus a essa importância. Isso ocasiona um problema recorrente no campo da Ciência no país, denominado informalmente como “fuga de cérebros”, conceito que se caracteriza pela perda de pessoas qualificadas em seus campos, por mestrados, doutorados, PhD, entre outros. 

Cerca de 6,7 mil cientistas deixaram o Brasil nos últimos anos, para continuar suas pesquisas no exterior, de acordo com levantamento do Centro de Gestão e Estudo Estratégico, vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação. Esse contingente encontrou em outros países condições melhores para executar seu trabalho, incluindo uma remuneração em geral muito superior. 

Redes Sociais 

É comum que o conhecimento científico seja associado a algo burocrático e difícil, justamente por estar relacionado a metodologias e regras que precisam ser seguidas e respeitadas para alcançar o resultado final. Mas, para desmistificar essa ideia e lançar a possibilidade da pesquisa no imaginário de estudantes, alguns pesquisadores têm desenvolvido trabalhos nas redes sociais destinados à área. 

Paula Menezes é doutora em Ciências da Saúde e farmacêutica pela Universidade Federal de Sergipe. Durante a graduação, viu despertar seu interesse pela pesquisa acadêmica e, atualmente, realiza trabalhos no Instagram pelo perfil @sejaphd, para discutir, tirar dúvidas e auxiliar as novas gerações em seus estudos.


 

Edição de texto: Monica Pinto
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