Saúde reforça importância da presença do pai no pré-natal da mãe e bebê
Ações preventivas incluem exames para ISTs, avaliação clínica e orientações para hábitos saudáveis durante a gestação e amamentação Cotidiano 14/08/2025 12h01 |No mês em que se comemora o Dia dos Pais, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) reforça a importância de incluir o futuro pai no pré-natal. A presença masculina nas consultas e exames é fundamental não apenas para o cuidado com a própria saúde, mas, também, para proteger a gestante e o bebê. A recomendação segue orientações do Conselho Federal de Medicina (CFM), que indica a realização de exames para detecção de sífilis, hepatites B e C e HIV em homens que comparecem às Unidades Básicas de Saúde (UBS), independentemente do motivo da consulta.
De acordo com a referência técnica do Programa IST/Aids, Almir Santana, o acompanhamento do pai no pré-natal é uma oportunidade para identificar e tratar problemas de saúde que podem impactar diretamente a família. Além dos exames para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), a avaliação pode incluir medição da pressão arterial, controle da glicemia e outros testes de rotina. “Quando o pai participa ativamente, ampliamos a prevenção, favorecemos o diagnóstico precoce de doenças e protegemos toda a família. Para isso, os homens devem procurar a UBS mais próxima da residência para realizar os exames e aproveitar a oportunidade para receber orientações sobre hábitos saudáveis, prevenção de doenças e cuidados durante todo o período gestacional e pós-parto”, explicou.
O médico Almir Santana também informa que a proteção deve continuar após o parto. “É fundamental que o homem use preservativo durante as relações sexuais na gestação e na amamentação, evitando que a parceira contraia alguma IST que possa ser transmitida ao bebê. Há casos registrados de infecção infantil no período de lactação por transmissão materna adquirida após o nascimento”, ressaltou.
Fatores de risco
Hipertensão e diabetes, por exemplo, são fatores de risco para infarto agudo do miocárdio e disfunção erétil, além de afetarem a qualidade de vida masculina. Já no caso das ISTs, algumas podem ser transmitidas da mãe para o bebê durante a gestação ou no parto, como a sífilis, que pode causar malformações e problemas neurológicos se não tratada.
O mesmo alerta vale para hepatites, que afetam o fígado e podem evoluir para cirrose ou câncer hepático, e para o HIV, que exige tratamento antirretroviral contínuo. Outro exame já incorporado ao pré-natal é o HTLV, vírus que pode causar doenças neurológicas e linfomas e, se identificado, exige a interrupção da amamentação para prevenir a transmissão ao bebê.
Fontes: Governo de Sergipe





