UFS aprova cotas para pessoas transexuais e travestis a partir de 2026 | F5 News - Sergipe Atualizado

Educação
UFS aprova cotas para pessoas transexuais e travestis a partir de 2026
Medida foi aprovada por unanimidade pelo Conselho Universitário e coloca a instituição entre mais de 30 federais que adotam políticas afirmativas para ampliar o acesso de pessoas trans ao ensino superior
Cotidiano | Por F5 News 17/11/2025 14h46 |


A Universidade Federal de Sergipe (UFS) aprovou por unanimidade, nesta segunda-feira (17), a adoção de cotas para pessoas transexuais e travestis nos processos seletivos da instituição. A medida, que passa a valer a partir de 2026, segue uma tendência nacional entre universidades federais e tem como objetivo reduzir desigualdades históricas no acesso ao ensino superior.

Com a decisão, a UFS se junta a pelo menos outras 31 universidades federais que já implementaram políticas afirmativas para pessoas trans. A primeira a adotar a medida foi a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), e, ao longo dos últimos anos, instituições como Unicamp, UFABC, UnB e UFF também passaram a adotar critérios semelhantes. Movimentos sociais e coletivos de pessoas trans têm atuado na defesa dessas ações afirmativas, pressionando pela ampliação da política em todo o país.

A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) divulgou nota celebrando a decisão da UFS, classificando-a como um avanço “histórico” no combate às desigualdades estruturais. Segundo a entidade, a aprovação representa um marco na luta por acesso e permanência dessa população no ensino superior.

Para a Antra, “cada aprovação de cotas é um ato político de resistência, justiça e esperança”, simbolizando o compromisso das universidades com a equidade e a pluralidade. A organização também destacou que seguirá atuando pela implementação da política em todas as instituições federais de ensino.

A deputada estadual Linda Brasil (PSOL), primeira mulher trans a ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa de Sergipe, também celebrou a aprovação, chamando a medida de “histórica”. Ela ressaltou que menos de 0,3% da população trans e travesti está no ensino superior, em razão da transfobia estrutural e dos índices reduzidos de escolarização.

Linda Brasil lembrou ainda que a expectativa de vida dessa população no Brasil é de cerca de 35 anos e que 90% das pessoas trans estão na prostituição. Para ela, as cotas representam não apenas um avanço acadêmico, mas uma política pública de reparação e de promoção da dignidade.

A parlamentar destacou a atuação de coletivos como a Frente por Cotas Trans e Travestis na UFS, além do diálogo com movimentos sociais e com a própria administração da universidade, como elementos fundamentais para a conquista. “Não é privilégio, é justiça social”, afirmou.

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