Afastamento de trabalhadores pode gerar perda de R$ 4,2 bi para Sergipe | F5 News - Sergipe Atualizado

Afastamento de trabalhadores pode gerar perda de R$ 4,2 bi para Sergipe
A estimativa da UFS considera trabalhadores informais e do grupo de risco
Economia | Por F5 News 11/05/2020 14h30 |


A economia de Sergipe pode ter um prejuízo da ordem de R$ 4,2 bilhões com o afastamento dos trabalhadores informais e daqueles que têm mais de 50 anos por conta do isolamento social imposto pela pandemia do novo coronavírus. O cálculo é de pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) que publicaram hoje (11) uma projeção do impacto da Covid-19 na base econômica do estado por um período de três meses.  

O afastamento dos trabalhadores informais do mercado sergipano, em um trimestre, geraria um custo de R$ 2,6 bilhões para a economia do estado, o que corresponde a 9,8% do PIB de Sergipe. Já quanto à retirada dos trabalhadores acima de 50 anos - formais e informais, a estimativa é de um custo trimestral de R$ 1,6 bilhão, ou seja, 6,26% do PIB anual. 

Os dois cenários foram considerados sem a aplicação de medida compensatória e preservando os serviços essenciais, como agropecuária, saúde, alimentos, setores de geração de energia e distribuição de água, e administração pública.

Os pesquisadores estimam que a fabricação de químicos, limpeza e farmacêuticos, produtos de minerais não-metálicos e indústria extrativa seriam os setores industriais mais impactados nos dois cenários simulados no estudo. Os setores de transportes, armazenagem, correio, educação e serviços prestados às famílias seriam os mais afetados na economia sergipana com a retirada dos dois grupos de trabalhadores.

O professor de Economia da UFS Luiz Carlos Ribeiro aponta os trabalhadores informais e as micro e pequenas empresas como os mais sensíveis aos efeitos da crise. “Uma empresa grande consegue ter caixa suficiente para se manter fechada ou com funcionamento reduzido por muito mais tempo do que uma pequena. É muito complicado para essas empresas continuarem pagando folha de pessoal, mão de obra, uma vez que não estão tendo receita de vendas”, afirma.

O coordenador do estudo, assinado pelo Laboratório de Economia Aplicada e Desenvolvimento Regional da UFS, também ressaltou que a ausência de uma política de Estado impede que haja maior eficiência e rapidez na implementação das ações de enfrentamento à crise econômica decorrente da pandemia. 
 

Edição de texto: Monica Pinto
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