Por F5 News

Empresários estão insatisfeitos com reajuste da tarifa de ônibus

Depois de quase dois anos sem aumento, a Prefeitura de Aracaju (SE) concedeu o reajuste da passagem de ônibus na capital e região metropolitana, na quinta-feira (17), e a nova tarifa saiu de R$ 3,10 e para R$ 3,50, a partir deste sábado (19). Mas, mesmo com a tarifa reajustada em 12,9%, para os empresários, o valor não atende às necessidades do setor.

Segundo o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiro (Setransp), o percentual contraria a tarifa técnica apontada pela planilha de custos anual que foi apresentada em dezembro de 2016 ao Executivo. Os empresários desejavam uma tarifa de R$ 4,06, reajuste de quase 30%.

Os empresários alegam que o preço da passagem tem uma defasagem de 29%, se comparada a diferença entre a tarifa e as despesas, o que tem causado desequilíbrio econômico. Em nota, o Setransp apontou que existe uma legislação específica que estabelece regra para definição da tarifa de ônibus com base na divisão entre o número de passageiros e os custos para operação do transporte; e que a lei destaca uma planilha de custos com itens a serem considerados como salários e benefícios de funcionários, combustível, veículos, pneus, tecnologia embarcada, gratuidades e outros.

Para o sindicato, o reajuste apresentado ainda está em disparidade com a defasagem na passagem.

“Durante os últimos meses o sistema de transporte vem enfrentando duros momentos, incluindo o acúmulo de dívidas junto a fornecedores e bancos e as dificuldades para liquidar as folhas de pagamento. Essa defasagem é o reflexo da falta da majoração necessária da tarifa e os acréscimos anuais nas despesas para o serviço. Com isso, a situação sinaliza que as dificuldades devem seguir, inclusive com mais um aumento nos salários dos rodoviários em setembro”, afirma o Setransp.

Já o dirigente da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), Aristóteles Fernandes, afirma que as planilhas do Setransp foram analisadas de forma minuciosa pela comissão do órgão e complementa que, além dos custos operacionais, foi levada em consideração a queda no número de passageiros pagantes e o aumento de 15% das passagens de ônibus interestaduais autorizado pelo Governo do Estado. “Estudamos os números, pedimos mais informações, questionamos alguns pontos, até chegarmos ao valor de R$ 3,50”, diz Aristóteles.

Com informações da PMA