Preço da gasolina gera debandada de motoristas de aplicativo em Aracaju | F5 News - Sergipe Atualizado

Preço da gasolina gera debandada de motoristas de aplicativo em Aracaju
Insegurança também afasta os profissionais das plataformas de mobilidade
Economia | Por Antonio Cardoso 13/08/2021 17h47 |


Com os sucessivos aumentos nos preços dos combustíveis, motoristas de aplicativo enfrentam dificuldades para manter o lucro em todo o Brasil e Sergipe não é exceção. Somado a isso, falta de segurança na região metropolitana de Aracaju e as baixas tarifas repassadas pelos aplicativos têm levado muitos profissionais da área a desistirem dela. 

Esta semana, a gasolina sofreu mais um reajuste, como noticiado pelo F5 News, que logo se refletiu nas bombas dos postos da capital e região. "Ser motorista de aplicativo não está mais valendo a pena; não tem como rodar com o litro do combustível a R$ 6,20 e uma corrida de 10km por R$ 4.50”, disse ao F5News Josemar Pontes, um representante da categoria que não vê mais solução.

Outro fator que pesa contra a atividade é a insegurança. Um exemplo marcante foi o assassinato do motorista Albert Alves dos Santos, de 42 anos, noticiada por F5 News em maio. Esses profissionais têm saído às ruas com medo, panorama que, aliado à falta de boas perspectivas de lucro, gera abandono dos postos de trabalho e diminuição da frota disponível. 

Essa realidade já eleva o tempo de espera dos usuários das plataformas de mobilidade. O presidente da Associação Metropolitana dos Motoristas e Motociclistas por Aplicativos da Grande Aracaju (AMMAGA), Everton Santos, confirma a redução da categoria e situa a maior demora no atendimento aos clientes como reflexo direto dessa debandada dos profissionais. 

“Com a alta dos combustíveis e os valores baixos das corridas está muito difícil honrar com os compromissos e dar manutenção em nossos veículos, sem falar na mudança de sentidos de ruas e avenidas que dificultam o trabalho, como a recente mudança nas avenidas Nestor Sampaio e Nelson Hungria, que promoveu um trânsito caótico e dificultou nosso trabalho”, avalia Everton Santos. 

Segundo ele, a maior dificuldade está nos valores das corridas, que há sete anos não sofrem reajuste. “Não temos um diálogo com essas plataformas, que nos tratam como escravos. Elas sabem que os motoristas são a peça fundamental na engrenagem dessas plataformas”, disse. 

Ele antecipou ao F5News que presidentes de Sindicatos e Associações de todo Brasil estão se mobilizando "para mais uma batalha contra essas plataformas de mobilidade e contra a alta dos combustíveis". E completa: "entendemos que sem luta não há vitória”. 

*Estagiário sob supervisão da jornalista Aline Aragão

Edição de texto: Monica Pinto
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