Relator da reforma tributária diz que Brasil faz "voo de galinha" na economia
Economia 08/08/2017 08h45 - Atualizado em 08/08/2017 09h09 |Por Marcio Rocha, de São Paulo
O relator da reforma tributária, deputado federal Luiz Carlos Hauly, defendeu a urgência da reforma tributária ao debater, no Encontro Nacional da Cadeia de Abastecimento (Enacab), a necessidade das reformas para a economia adquirir ritmo de crescimento nos próximos anos.
De acordo com o parlamentar, as reformas garantirão o melhor funcionamento da economia nacional. Se a reforma tributária for feita de forma coerente, os próximos anos serão de crescimento. Ele destacou que há uma necessidade de diminuição das horas para o pagamento de impostos e gerar o consequente aumento de produtividade. Hauly destacou que o setor privado será fundamental para a mudança da economia encontrar o seu desenvolvimento e voltar a crescer.
“Por que o Brasil não cresce? Os gastos exponenciais do governo, com o inchaço da máquina pública, atravancam o crescimento. Deve haver controle nos gastos públicos”, disse, lembrando que os planos econômicos de vários governos como do Sarney e Collor sucumbiram por causa da carga tributária, que aumentou gradualmente e culminou com o quadro de alta taxação de impostos.
Hauly comentou ainda que o Brasil é menos competitivo que seus vizinhos, no aspecto de cobrança de impostos, o que resulta na perda de mercado para países como o Paraguai, por exemplo. O modelo de tributação brasileiro impõe-se como uma punição aos empresários, prejudicando todo o ciclo produtivo.
Hauly lembrou que enquanto no Brasil se paga 54% em impostos de diversas categorias, entre estaduais, municipais e federais, países de alto desenvolvimento como os Estados Unidos cobram apenas 18% de carga. O relator da reforma tributária defende o modelo de tributação com base no imposto de valor agregado (IVA), como é feito nos países desenvolvidos, principalmente na Europa.
“Tem que acabar com o ISS, ICMS, PIS/Cofins, IPI, CIDE, e esses frankensteins, para adotar o imposto sobre valor agregado. Com isso todos crescem e arrecadam”, defendeu durante conversa com a reportagem F5 News.
À título de comparação, Hauly informou que países evoluiram economicamente, como a China que cresceu 55% nos últimos anos, mais que o dobro do mundo inteiro, que cresceu 20%. Já o Brasil recuou 7% na sua estrutura econômica, o que ele classificou como “voo de galinha”, um voo inglório marcado por dois anos de crescimento, seguido de outros três de queda.
O deputado complementou dizendo que o modelo do Refis que está sendo planejado pelo Governo Federal não levará o Brasil para um resultado concreto, na estimativa de arrecadar 550 milhões de reais.


Atenções dos investidores estão voltadas à fala do presidente do Fed no Simpósio de Jackson Hole, nos EUA. Na véspera, dólar fechou estável

Cerca de 1,9 milhão de contribuintes receberão R$ 2,92 bilhões

Tecnologias e manejo sustentável impulsionam pecuária nordestina

Em julho, valor médio foi de R$ 568,52; alta anual chega a 8,44%, segundo levantamento do DIEESE e Conab

Trabalhador poderá escolher outro banco por meio do celular