Sergipe se aproxima do limite máximo da Lei de Responsabilidade Fiscal
Na Alese, secretário da Fazenda confirma aumento das despesas com pessoal Economia | Por Will Rodriguez 25/09/2019 16h25 - Atualizado em 25/09/2019 16h32 |O Estado de Sergipe fechou o primeiro quadrimestre de 2019 próximo ao limite máximo da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para os gastos com pessoal. É o que aponta o relatório financeiro apresentado, nesta quarta-feira (25), pelo secretário de Estado da Fazenda, Marco Queiroz. Os dados referem-se ao período de janeiro a abril deste ano.
Nos quatro primeiros meses do ano, a despesa com pessoal de Sergipe cresceu mais de R$ 290 milhões. Provocado sobre as razões para esse aumento, apesar de não ter sido concedido reajuste salarial aos servidores, o secretário explicou que foi motivado pelo cumprimento de obrigações salariais previstas em Lei, a exemplo do reajuste do piso do magistério.
“Outra coisa que impactou foi o pagamento de parte dos salários (que não se conseguiu pagar no governo passado), a exemplo do décimo terceiro, pago parceladamente. Desses 290 milhões de reais, foram impactados 140 milhões de despesas do exercício anterior, com os salários”, disse Queiroz.
Este cenário fez com que o Estado alcançasse em abril o comprometimento de 59,26% da sua receita corrente com o pagamento da folha salarial, se aproximando do limite máximo de 60%. O indicador inclui as despesas de todos os Poderes.
Para o deputado estadual Zezinho Guimarães, preocupa o fato de a receita continuar crescendo nominalmente e as despesas crescendo em termos reais. “É preciso agir para evitar esse descontrole. Isso é severo para as finanças do Estado. Há necessidade de olhar o aumento para os Poderes embora a gente saiba que sai do duodécimo”, advertiu.
O líder do governo na Assembleia, deputado Zezinho Sobral , responsabilizou o déficit previdenciário pelo problema das contas do Estado. A cada mês, o tesouro estadual precisa desembolsar R$ 100 milhões para cobrir o rombo da Previdência.
Segundo ele, a capacidade de investimento está inibida por essas despesas. “Essa recuperação será possível com a reforma da previdência e outras reformas estruturais que estão em curso no Congresso Nacional”, disse Sobral.
Segundo a Avaliação do Cumprimento das Metas Fiscais apresentada aos parlamentares, a composição das despesas do estado é de 66% com pessoal e encargos e, 26% com custeio no período. Em Educação foram investidos 23,7% do orçamento, e em Saúde 11%, ambos os percentuais abaixo dos estabelecidos constitucionalmente para essas rubricas, 25% e 12%, respectivamente.


Pesquisa aponta que área conta com 31,6 milhões postos de trabalho

Indústria expressou confiança na negociação liderada pelo governo

Entidades empresariais publicam nota contra taxação anuncia por Trump


Valor médio por metro quadrado no estado foi de R$ 1.621,37, apesar de alta acumulada no ano