Tecnologia aumenta rentabilidade do café no Brasil
Economia 10/01/2018 07h58 |Produzir café no Brasil usando novas tecnologias vem se tornando uma atividade mais rentável do que há pelo menos uma década. Isso é o que mostra o estudo intitulado A Cultura do Café: Análise dos Custos de Produção e da Rentabilidade nos Anos-Safra 2008 a 2017, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo o estudo, o aumento da produtividade aparece como responsável pela melhoria de rentabilidade tanto da variedade do café arábica quanto do café conilon, variedade também conhecida como robusta.
Para o superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, Aroldo de Oliveira Neto, o investimento em tecnologia em algumas regiões de produção cafeeira foi fundamental para a mudança de cenário.
"Quando se fala nessa mudança é preciso voltar no tempo em que se usava basicamente a mão de obra na colheita do café. Na medida em que você usa a tecnologia - e a mecanização faz parte disso - você vai aumentar a quantidade de café colhido e a um custo muito menor. Porque, apenas à guisa de exemplo, onde se colhia um saco manualmente seria possível colher, digamos, 100 sacos", explica o superintendente.
Mas a mecanização da colheita não foi o único fator de aumento da rentabilidade. Aroldo Oliveira observa que a qualidade do café também melhorou graças a uso de novos insumos e novos processos de produção. Ele cita o caso de Rondônia, onde o estudo mostra claramente a diferença da tecnologia.
"Um cafezal tem vida útil de 30 anos. Então, a partir de 2013, um programa do governo estadual, com a participação de diversas entidades e instituições ligadas ao setor, começou a incentivar os produtores a erradicar o café velho e substitui-lo pelo clone, que é uma planta resultante de um processo de enxerto. Esse pé de café é mais forte e produz um grão de melhor sabor. Então o preço acaba sendo melhor", explica o superintendente.
Aroldo Oliveira destaca ainda que na região do estado que adotou esse pacote tecnológico os resultados foram comparativamente melhores que os da região onde a introdução dos novos processos de produção e colheita foi feita mais recentemente. Uma das vantagens do clone, segundo Aroldo Oliveira, é a de que o clone se adapta a qualquer tipo de região onde for plantado. "O Brasil tem hoje a produção do café com novas tecnologias em outras regiões como o Espirito Santo, que é o maior produtor do café conilon, e o sul da Bahia."
Aroldo Oliveira reconhece que a rentabilidade gerada pela melhora da produtividade, em 2016, foi influenciada também pelo preço favorável do café no mercado internacional.
"Mas é preciso lembrar que o café é uma commoditie e que seu preço oscila. Mas mesmo quando o preço cai, o prejuízo que poderia advir dessa queda será sempre muito menor graças ao uso da tecnologia", disse o superintendente.
Fonte: Agência Brasil


No dia anterior, o dólar terminou a sessão em alta de 1,19%, cotado a R$ 5,499. Ibovespa afundou 2,1%, o maior tombo desde abril

Projeto de Lei abrange servidores ativos, inativos e pensionistas, contemplando diversas carreiras da administração estadual

Na véspera, o dólar fechou em alta de 0,68%, cotado a R$ 5,435. Ibovespa, principal índice da Bolsa, subiu 0,72%, aos 137,3 mil pontos

TJSE reserva R$ 102 milhões para pagamentos antecipados; prazo vai até 29 de agosto

Pagamento em localidades de cinco estados será unificado