CMA volta ao trabalho com Uber e empréstimo dos servidores na pauta
Legislativo recebe 16 novos vereadores e a expectativa é de embates quentes Política 13/02/2017 07h33 - Atualizado em 13/02/2017 10h09 |Por Will Rodriguez
Os vereadores dão início oficialmente nesta quarta-feira (15) aos trabalhos na Câmara Municipal de Aracaju, com a abertura do ano legislativo. Apenas um terço dos parlamentares estava na legislatura anterior, o que significa que 16 das 24 cadeiras serão ocupadas por novos nomes, 12 marinheiros de primeira viagem e quatro que retornam à Casa do Povo.
O prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB) planeja ir pessoalmente à primeira sessão ordinária do ano. Além das boas-vindas, ele deve levar o projeto de Lei que autoriza o Município a conceder um abono aos servidores para que eles possam contrair um empréstimo consignado de antecipação do salário do mês de dezembro que será pago em 12 parcelas.
Segundo o prefeito, foi a “única alternativa” encontrada para quitar o débito deixado pela gestão anterior. A medida desagrada parte do funcionalismo em greve, que já se articula para convencer os parlamentares a modificar o texto do Executivo, reduzindo o número de parcelas.
Outra matéria que deve ganhar prioridade nos debates é a regulamentação do aplicativo Uber, em operação na capital sergipana há dois meses. Desde o final do ano passado, já tramita um projeto do vereador Vinicius Porto (DEM) liberando a ferramenta. O democrata foi o mesmo que, um ano antes, aprovou um projeto de sua autoria proibindo o app.
Agora, o Legislativo também já recebeu um projeto de iniciativa popular com 20 mil assinaturas que regulamenta o transporte individual de passageiros por meio de aplicativos.
O presidente da CMA, Nitinho Vitale (PSD), já sinalizou que o debate precisa ser ampliado. “Não tenho uma decisão firmada, pois é uma questão muito social. Nós vamos fazer pesquisa com a população para tomar um posicionamento”, afirmou recentemente à imprensa.
Ainda neste primeiro semestre, os vereadores devem começar a discutir a revogação do projeto que alterou a base de cálculo do IPTU, permitindo um reajuste anual de até 30% no imposto até 2022. Até abril, uma comissão formada pelo Executivo deve apresentar a conclusão dos estudos de viabilidade da revisão da alíquota do tributo.
Já o reajuste da tarifa de ônibus, cuja última revisão ocorreu no final de 2015, deve ficar para o segundo semestre, segundo declarou o próprio prefeito, ao classificar o último aumento de 14% “muito grande”. Por outro lado, empresários e trabalhadores do setor alegam que a passagem atual de R$ 3,10 está defasada em 15%.
Lados
Embora tenha a maioria do parlamento ao seu lado, Nogueira deve encarar uma oposição bem mais robusta do que a enfrentada pelo seu antecessor, o ex-prefeito João Alves Filho (DEM).
O comunista já antecipou, em entrevista ao F5 News, que pretende ficar responsável pela articulação política no legislativo junto com o secretário de Governo, Carlos Cauê, acabando desta forma com a Secretaria de Articulação Política, criada no governo democrata, que tinha como titular o agora vereador Juvêncio Oliveira (DEM).
A base aliada que deve manter 15 nomes em sua composição está sendo liderada pelo correligionário de Edvaldo, o vereador de primeiro mandato professor Antônio Bittencourt (PCdoB). Já a oposição deve começar os trabalhos com sete nomes comandados pelo vereador Elber Batalha (PSB), que está de volta ao Legislativo.
Ainda nesta primeira semana, há expectativa sobre a eleição para o comando das cinco comissões legislativas, principalmente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), por onde começa a tramitação dos textos e é analisada a compatibilidade da proposta com a legislação vigente. Por causa disso, a presidência dessa comissão é considerada estratégica politicamente.


Recursos vão ampliar ações de combate à fome, fortalecer a agricultura familiar e garantir mais proteção social às famílias vulneráveis

Em vídeo publicado, o pastor afirma não ter medo da prisão nem de Moraes

Enquanto vereadores expressam indignação e solidariedade ao pastor, outros defendem a investigação e reforçam que nenhum cidadão está acima da lei

Projeto do "ECA Digital" foi aprovado pela Câmara dos Deputados e segue para o Senado

Texto obriga plataformas a adotarem medidas contra crimes na internet