Servidores de SE voltam a cobrar revisão do PCCV implantado pelo Estado
Política 14/06/2016 14h00 |Por Fernanda Araujo
Em greve desde o dia 8, os servidores do Estado de Sergipe ocuparam a galeria da Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira (14). Mesmo após a implantação do PCCV no dia 31 de maio, a categoria entende que o governo não deu o reajuste que deveria, uma vez que a aprovação do plano ocorreu em julho de 2014, estando defasado.
Para a maioria dos servidores, como vigilantes, merendeiras e executores de serviços básicos, segundo o Comando de Greve do Sintrase, foi dado reajuste de apenas R$ 20, 30 e 40 - enquanto a implantação do PCCV só atingiu de fato os oficiais administrativos, que tiveram reajuste acima de R$ 400.
“Vinte reais de reajuste não supre a necessidade do servidor público. O Plano, quando foi implantado por esta Casa em 2014, o salário mínimo
era por volta de R$ 700, esses servidores que estão aqui hoje teriam de reajuste R$ 200, 250, hoje, dois anos depois, o reajuste seria maior, o salário mínimo é R$ 880, e o Plano é R$ 900”, afirma Iraldir Silva (ao lado), coordenador do comando de greve.O servidor nega, ainda, que o novo movimento grevista esteja motivado por briga interna no Sintrase, como tem dito o governador Jackson Barreto. Para Iraldir, estão tentando interferir na direção do sindicato de modo a desgastar a categoria. “Não existe briga interna. O que existe é a revolta dos servidores que não estão contentes com esse salário que estão recebendo”, diz Iraldir.
Para o deputado da oposição, Georgeo Passos (PTC - ao lado), a retomada da greve mostra com razão a insatisfação dos servidores. Na tribuna, o parlamentar apontou que o PCCV aplicado este ano é atrasado (de 2014) e que a medida do governo foi apenas eleitoreira.
“O governador faz questão de colocar nas mídias que fez um grande feito, como se os servidores estivessem recebendo salário em dia. O PCCV foi aplicado depois de uma manobra feita pelo governo do Estado que o segurou por dois anos, e agora na véspera de uma eleição usa-se de uma decisão do TCE de 2008, que poderia ter sido aplicada em 2014. Semana passada demonstramos através de dados da própria Secretaria da Fazenda”, argumenta.Já o presidente da Alese, deputado Luciano Bispo (PMDB), critica a posição dos servidores no momento em que o Estado passa por delicada situação financeira. “Sempre querem alguma coisa e quando dá querem mais. Se não houver uma mudança de pensamento, fica difícil. Dinheiro não se fabrica nesse país. Se pudesse dar era ótimo, agora, como pagar as contas? O PCCV foi implantado e não satisfaz mais? Eu se fizesse parte (dos servidores) diria ‘agora não, vamos aguardar mais um tempo, conseguimos um passo importante na nossa história’”, pondera.
Para Robson Viana (PMDB - ao lado) não há motivo para greve já que todos os servidores tiveram oportunidade de discutir com o governo. No entanto, o deputado promete ouvir as categorias e tentar mediar a situação com Jackson Barreto.“O governo do Estado está se colocando à disposição do servidor, procurando um caminho. Depois de 30 anos foi implantado o PCCV com muita luta e dedicação, cortando na carne. Acho que a gente tem que debater, está certo, agora o governo fez o que pôde, está vendo se melhora também outras categorias. Se alguma classe não está satisfeita, vamos discutir como ser feito”, completa Viana.
Fotos: Fernanda Araujo (principal, 1 e 3)
Foto: Assessoria de Georgeo Passos


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