Por Joedson Telles

Venâncio diz que PSC lhe deu respaldo, carinho, atenção e abriu espaço

Ao desembarcar, há cerca de uma hora no Aeroporto de Aracaju, o deputado estadual Venâncio Fonseca (PP) trouxe na bagagem a notícia de que informou, sim, ao ex-governador João Alves Filho (DEM) que houve uma reunião, em Brasília, há cerca de duas semanas, com o presidente Nacional do PP, o senador Francisco Dornelles, que demonstrou o interesse de o partido ter candidato próprio a prefeito de Aracaju numa aliança com o PSC. Sem assegurar que disputa a Prefeitura de Aracaju, Venâncio observou que, há mais um ano, vem dizendo que não iria aceitar definição de candidatura goela abaixo.  

“Não existe surpresa. Há uns 15 dias, tivemos uma reunião, em Brasília, e tudo que se passou dei ciência ao ex-governador João Alves Filho – o interesse do partido em formular essa aliança com o PSC aqui no estado. Em relação à candidatura (de prefeito de Aracaju) o partido disse de alto e bom som que o nome do deputado Venâncio Fonseca estava à disposição do agrupamento dos irmãos Amorim”, disse.

Venâncio assegurou que 90% dos aliados do ex-governador João Alves Filho querem uma aliança com o grupo de Amorim. “Não posso dizer que sou voz vencida, mas sempre defendi que isso acontecesse. Não só eu como 90% daqueles que fazem parte do grupo de João. É simples: o grupo de Amorim nasceu de onde? Do mesmo agrupamento de João. Tem afinidade. Política é grupo. Ninguém ganha política sozinho. Por mais forte que você seja tem um limite. A partir dali, são os aliados.

Provocado se ainda faria uma aliança com o ex-governador João Alves, Venâncio disse que não pode falar por ele. “Hoje, eu não posso falar só por mim: falo por um agrupamento que me deu respaldo, carinho, atenção, abriu espaço político. Tenho que ouvir o grupo que me deu essa sustentação”, disse assegurando, que tinha tudo isso de João Alves, menos espaço político. “Dentro do agrupamento, estou há quanto tempo estou como deputado estadual? E nunca houve outro espaço para ocupar. Se ele sonha, eu também sonho ”, indagou.   

Informado que o deputado Mendonça Prado (DEM) havia dito que ainda não há definição do nome do candidato vice-prefeito na chapa encabeçada pelo DEM, Venâncio assegurou que o seu nome também está em discussão. “Tudo na vida há disciplina e hierarquia. Isso é na vida pessoal e na vida partidária. Quem manda no partido é a Nacional. As estaduais têm que acompanhar”, disse, explicando que o partido quer crescer em Sergipe e, para isso, precisa disputar eleição majoritária.    

Venâncio explicou ainda que, apesar dessa direção dada pela Nacional, está no seu quinto mandato de deputado estadual, caminhando para 20 anos, mas nunca teve dentro do grupo liderado pelo ex-governador João Alves espaço para crescer. “Eu tenho o direito de buscar espaço para o crescimento do meu partido e também da minha pessoa”.      

Sobre a possibilidade de haver um rompimento dele, Venâncio, com o ex-governador João Alves Filho, o deputado assegurou que não faz política com radicalismo. “Não faço política com inimizade. Não é por nos tomarmos uma posição política que irei sair fazendo críticas ao ex-governador. Por ele tenho respeito e admiração. Mas tenho o direito, como político, como presidente de partido de o partido e a minha pessoa conquistar espaço, respeitando o especo dos outros”, explicou.     

Segundo Venâncio, o próximo passo, é marcar uma reunião entre o PP, o PSC e os demais partidos aliados, para que se chegue ao melhor caminho. “Se o agrupamento político decidir por uma candidatura própria, o nosso nome está à disposição, uma vez que o deputado Zeca, que era o nome do PSC para disputar a PM, através do desprendimento e para facilitar toda uma composição, retirou seu nome. Agradecemos a gentileza”, disse. A reunião precisa ser feita ates do dia 20 de junho, prazo final para as chamadas convenções, até lá...