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Vencendo as drogas através do riso
Variedades 19/08/2011 17h53 |


O vício é combatido com a arte. A Prefeitura de Aracaju, por meio do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e AD (Álcool e Outras Drogas) Primavera, vem desenvolvendo uma série de atividades ludico-educativas para auxiliar na no tratamento dos usuários de crack e outras drogas atendidos no local. Assim, no último dia 16 foi realizada mais uma edição da 'Oficina de Palhaçaria', coordenada pelo ator da Companhia de Teatro Stultifera Navis, Marcelo Paz.

A oficina conta com a participação dos membros da equipe multidisciplinar do CAPS formada por uma coordenadora, médica-psiquiátrica, enfermeira, oficineiro, estagiários do PET/Saúde Mental e usuários. De acordo com a coordenadora do CAPS AD, Camille Arruda, a arte e o entretenimento são técnicas utilizadas rotineiramente para ajudar na terapêutica com os diferentes grupos de usuários.

"Para ampliarmos as possibilidades de intervenção, a equipe multidisciplinar inovou trazendo o curso de palhaçaria para um desses grupos de terapia, o 'Vida Saudável'. Esse grupo conta com a participação de 17 usuários do próprio CAPS.", contou.

Segundo o ator Marcelo Paz, durante as oficinas, são realizadas sequencias de exercícios teatrais que ajudam a descontrair o corpo, a desinibir os mais tímidos e criar um vínculo de amizade, interação e respeito entre os profissionais de saúde e os usuários.

"Na próxima oficina, faremos novos exercícios com o mesmo viés. A interação da equipe com os usuários vai se fortalecendo à cada exercício, viabilizando uma maior integração entre eles.", explicou.

A facilitadora do grupo 'Vida Saudável', do CAPS AD, é a enfermeira Tayane Reis. Ela explica que nos projetos terapêuticos, são trabalhadas não apenas questões da saúde física, mas questões sociais e subjetivas da vida.

"A cada semana abordamos um tema como as doenças sexualmente transmissíveis, higiene e alimentação saudável. Com esse grupo estamos trabalhando o tema 'Rir é o melhor remédio'. Para nós, é importante trazer o riso como terapia nas intervenções com usuários que tem histórias de sofrimento e muita dor.", defende Tayane.  

O coordenador do Projeto de Redução de Danos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Wagner Mendonça, destaca a importância da realização das oficinas. "A arte é utilizada como instrumento importante de comunicação com o mundo, o que possibilita trabalhar a auto-estima, o cooperativismo, o respeito ao outro e a manifestação artística das pessoas que fazem uso abusivo de drogas", diz.

Com apenas 17 anos, fora da escola há um ano, o jovem J.S.F. está no grupo terapêutico Vida Saudável e, com o apoio da mãe, procurou o CAPS. "Eu estou há três meses sem usar crack. De lá pra cá, ganhei nove quilos. Eu estava muito magro, com 47 quilos e agora estou bem melhor. A minha mãe e o pessoal do CAPS me salvaram. A minha mãe agora quando olha bem pra mim, chora de felicidade", conta o jovem que afirma que não teve surto de violência, mas confessa ter vendido pertences da própria família para comprar a droga.

O adolescente W.S., 17 anos, também afirma estar livre do crack. "Entre os meus amigos, só eu estava usando drogas. Eu era um otário, mas agora eu quero voltar para escola", diz com determinação.

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