Setembro Safira é o mês de conscientização para os cuidados com a manipulação e o uso de lentes de contato para manter uma boa saúde ocular. A primeira medida é consultar um oftalmologista e se certificar de que o dispositivo é adequado para o seu caso. O especialista irá avaliar qual o modelo mais indicado e fornecer todas as orientações em relação à higienização e o uso correto das lentes de contato.

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Enquanto os óculos são práticos e duráveis, as lentes possibilitam ter um campo visual mais ampliado e oferecem maior liberdade de movimento, principalmente durante atividades físicas. Outra vantagem é que elas não embaçam, pois o contato direto com os olhos permite que as lágrimas as mantenham hidratadas. Mas é fundamental que a troca dos óculos pelo dispositivo seja conduzida por um médico da área de saúde ocular.

De acordo com a Dra. Mirella Maranhão, oftalmologista do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE), “a lente de contato pode ser indicada para a correção de erros refrativos como a miopia, hipermetropia e astigmatismo, em substituição aos óculos; para auxiliar na cicatrização de lesões na superfície ocular; no tratamento de doenças como o ceratocone, em que há uma deformação da córnea, entre outras situações”.

“Não existe uma idade específica para começar a utilizar lentes. Algumas crianças precisam usar desde muito cedo, após cirurgias de catarata congênita ou quando há uma diferença de grau muito importante entre os olhos. Cada situação deve ser individualizada e conversada com a família, além de ser acompanhada de perto pelo especialista”, complementa a médica.

O tipo de material utilizado na fabricação da lente pode ser mais ou menos flexível e varia conforme a indicação de uso, como explica a Dra. Mirella Maranhão:

- As rígidas são lentes que se apoiam na córnea e que são indicadas para correção de grau ou de irregularidades corneanas;

- As esclerais têm as mesmas indicações das lentes gelatinosas e rígidas, mas também são usadas em casos de ceratocone avançado, pós-transplante de córnea ou por pacientes com olho seco mais grave;

- As gelatinosas são lentes feitas de materiais como silicone ou hidrogel, o que as torna mais flexíveis. São indicadas para corrigir problemas de visão como miopia, hipermetropia e astigmatismo e também podem ser usadas de forma estética, para mudar a cor dos olhos.

As lentes de contato podem ter duração de um ano ou ser de descarte programado, que pode ser diário, quinzenal ou mensal. É fundamental que haja o acompanhamento de um oftalmologista, mesmo quando o uso é para fins estéticos. A oftalmologista lembra que o dispositivo está em contato direto com os olhos, o que aumenta o risco de contaminações, e alerta para 5 cuidados importantes:

- lavar sempre as mãos com água e sabão antes de manusear as lentes de contato;

- limpar as lentes reutilizáveis diariamente, de acordo com as orientações e os produtos indicados pelo oftalmologista;

- higienizar o estojo semanalmente, com o uso de água corrente e de uma escova apropriada para este fim;

- retirar as lentes sempre ao tomar banho ou nadar, pois os microorganismos presentes na água podem provocar infecções ou irritações nos olhos;

- dormir somente com lentes que tenham indicação para serem mantidas nos olhos durante o período do sono.

A médica também recomenda nunca adquirir lentes de contato pela internet, pois é grande o risco de adquirir um produto inadequado, que ao invés de melhorar a qualidade da visão, cause danos ainda mais graves. Ela reforça que somente o dispositivo indicado pelo profissional de saúde tem sua eficácia e segurança garantida.

“A escolha da lente deve ser feita junto com o médico oftalmologista, pois ele irá se basear nas necessidades individuais do paciente e acompanhá-lo durante o período de adaptação, seguindo do acompanhamento durante a utilização. Além disso, no HOPE, pessoas com dificuldade no manuseio contam com a ajuda das contatólogas, profissionais do Centro de Adaptação de Lentes de Contato, que auxiliam no treinamento e sobre a forma correta de usar, além de reforçar os cuidados orientados pelo especialista”, complementa a Dra. Mirella Maranhão.

Fonte: ASCOM