Depressão: saiba identificar sinais de que seu filho precisa de ajuda
Cresce número de atendimentos por autolesão entre jovens. Especialistas dão dicas de como reconhecer sintomas da depressão e buscar apoio Brasil e Mundo | Por Metrópoles 07/10/2025 12h00 |Um levantamento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) revelou, em setembro, que a cada 10 minutos, uma criança ou adolescente entre 10 e 19 anos é atendido no Brasil por autolesão ou tentativa de tirar a própria vida. Nos últimos dois anos foram registrados, em média, 137 atendimentos por dia nessa faixa etária, envolvendo casos de violência autoprovocada e tentativas de suicídio.
O cenário reforça a importância de os pais saberem reconhecer os sinais de sofrimento emocional e buscarem ajuda especializada o quanto antes.
Sinais que exigem atenção dos pais
A depressão pode se manifestar de formas diferentes em crianças e adolescentes. De acordo com a psicóloga Bianca Taneli, do Grupo Reinserir, os jovens têm menos recursos para expressar sentimentos e, por isso, os sinais podem ir além da tristeza.
Para o psiquiatra André Botelho, do Hospital Sírio-Libanês em Brasília, é preciso redobrar a atenção quando os sinais persistem por mais de duas semanas. “Se o jovem apresenta tristeza ou irritabilidade constante, cansaço, perda de interesse, isolamento, queda no desempenho escolar ou fala sobre morte, é hora de buscar ajuda”, afirma.
Nos menores, ele acrescenta, o quadro pode aparecer como birras fora do comum, medos intensos e regressões, como voltar a fazer xixi na cama.
Fatores que aumentam o risco de depressão
A genética tem peso no risco de desenvolver depressão, mas está longe de ser o único fator. “Histórico familiar de transtornos emocionais, perdas precoces, violências, bullying, privação de sono, excesso de telas, doenças crônicas, dificuldades de aprendizagem e uso de álcool ou drogas aumentam as chances de adoecimento emocional”, indica Botelho.
Por outro lado, a presença afetiva dos adultos, uma rotina equilibrada, sono adequado, prática de atividades físicas e bons vínculos sociais e escolares atuam como fatores de proteção.
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