Adema interdita cemitério irregular em Simão Dias
Local possuía cerca de 40 túmulos operando sem licenciamento na zona rural do município Cotidiano | Por Agência Sergipe 25/10/2025 10h52 |Na última semana, a Gerência de Impactos Ambientais da Administração Estadual do Meio Ambiente (Geaia/Adema) realizou, atendendo a uma determinação judicial, a interdição do Cemitério Nossa Senhora da Glória, em Simão Dias, no centro-sul sergipano. Situado no fundo da Capela Nossa Senhora das Graças, no povoado Jaqueira, o local contava com cerca de 40 túmulos irregulares, sem licenciamento ambiental.
Implantado em área rural de domínio municipal, o cemitério não possui data oficial de início de operação, mas moradores da região mantém registros informais de sepultamentos a partir de 2022. Durante a diligência, foram identificadas algumas medidas já adotadas pelo município, como a limpeza do local, o isolamento do perímetro e a sinalização da paralisação das atividades, indicadas pela Adema em notificação expedida após a primeira vistoria ao local, que possui, na sua região do entorno, unidades habitacionais, além de áreas utilizadas para pastagem e plantio agrícola.
Uma vez interditada, a área deverá ser recuperada por meio da execução de um Plano de Encerramento de Atividades Cemiteriais, conforme orienta a analista ambiental da Adema, Mariana Sá. “Esse plano é uma das exigências do licenciamento ambiental e deve incluir o cronograma de encerramento das operações de sepultamento, o mapeamento e o detalhamento de todos os passivos ambientais”.
A gerente de Avaliação de Impactos Ambientais da Adema, Nayára Bezerra, alerta para os riscos ambientais envolvidos e para a importância da regularização dos cemitérios. “São empreendimentos de alto potencial poluidor e degradador e devem passar pelo processo de licenciamento ambiental. Como em sua maioria são empreendimentos muito antigos, anteriores às legislações de licenciamento, muitos não possuem licença ambiental. O que a Adema orienta é que os municípios atuem para realizar essa regularização, para cessar danos ambientais e eventuais riscos à saúde pública”, conclui.
