Confira a origem e o sentido de algumas simpatias para um Feliz Ano Novo | F5 News - Sergipe Atualizado

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Confira a origem e o sentido de algumas simpatias para um Feliz Ano Novo
São tradições passadas de geração em geração com raízes históricas e culturais
Cotidiano | Por Gabriel Ribeiro 31/12/2023 16h00 |


Com a chegada do Réveillon, muitas pessoas ao redor do mundo participam de rituais e seguem superstições na esperança de atrair boa sorte, prosperidade e felicidade para o ano que se inicia. 

Essas tradições, muitas vezes passadas de geração em geração, têm raízes históricas e culturais profundas. Por trás dos fogos de artifício e dos brindes de champanhe, há um rico folclore de crenças e costumes que muitas vezes passa despercebido. 

Entenda a origem de algumas das simpatias e superstições mais comuns associadas à virada do ano:

1. Vestir-se de branco:

A tradição de usar roupas brancas na virada do ano é amplamente difundida em diversas culturas. O branco simboliza a pureza, a paz e a renovação, sendo escolhido como uma maneira de começar o novo ano com energias positivas. Embora não exista uma única explicação definitiva, várias crenças e simbolismos contribuíram para a associação da cor branca com a celebração da virada do ano.

2. Comer lentilhas:

A tradição de comer lentilhas no Réveillon tem origens antigas e está associada a crenças que remontam à Roma Antiga. A prática tem sua raiz na ideia de que a forma das lentilhas se assemelha a moedas, símbolos de prosperidade e riqueza. Várias culturas ao redor do mundo adotaram essa tradição como uma maneira de atrair fortuna e sucesso financeiro no ano que se inicia.

Acreditava-se na Roma Antiga que o consumo de lentilhas durante a virada garantiria um ano vindouro de boa sorte e abundância. Essa crença está ligada à simbologia associada às moedas, que representam prosperidade e riqueza. As lentilhas, por sua vez, por serem redondas e douradas após o cozimento, eram vistas como uma representação simbólica das moedas.

A tradição atravessou séculos e fronteiras, chegando a diversas regiões do mundo. Na Itália, por exemplo, é comum preparar pratos com "lenticchie" (lentilhas) durante as celebrações do Ano Novo. No Brasil, especialmente em regiões de influência italiana, como o sul do país, as lentilhas também são consumidas como parte da festa.

3. Estourar champanhe:

A tradição de estourar champanhe no Réveillon tem raízes na cultura francesa. A prática remonta aos tempos antigos, quando o vinho espumante da região de Champagne, na França, tornou-se associado a celebrações e ocasiões festivas. A explosão da rolha tornou-se um símbolo de alegria e comemoração, sendo adotada como uma forma festiva de marcar momentos especiais, como a virada do ano.

O champanhe, por sua vez, era inicialmente reservado para eventos de alta classe e realeza. No entanto, ao longo do tempo, tornou-se mais acessível e popular entre diferentes estratos sociais. A tradição de estourar champanhe na virada do ano foi difundida globalmente e hoje é uma prática comum em muitas culturas ao redor do mundo, simbolizando a eliminação das más energias e a celebração de novos começos.

4. Pular sete ondas:

A tradição de pular sete ondas no Réveillon tem raízes nas práticas religiosas afro-brasileiras, especialmente ligadas ao culto de Iemanjá, a rainha do mar. A crença é que pular sete ondas no mar à meia-noite da virada do ano representa uma homenagem e um pedido de bênçãos a essa divindade.

O número sete tem significado especial em diversas tradições religiosas e esotéricas, sendo associado à espiritualidade e à busca por boas energias. Ao longo do tempo, essa prática tornou-se uma tradição popular e cultural no Brasil.

5. Queima de fogos de artifício:

A tradição de queimar fogos de artifício durante a celebração da virada do ano tem raízes antigas e está ligada a práticas culturais e simbólicas em diversas partes do mundo. A origem dessa tradição remonta à China antiga, onde os fogos de artifício eram utilizados com propósitos específicos.

Na China, por volta do século VII, os fogos de artifício eram empregados para afastar maus espíritos e espantar energias negativas. Acreditava-se que o som alto e as luzes intensas dos fogos tinham o poder de expulsar influências maléficas. Esse uso ritualístico dos fogos de artifício durante festividades se espalhou para outras culturas ao longo dos séculos.

Durante a Idade Média, a tradição dos fogos de artifício chegou à Europa, sendo incorporada em celebrações e eventos importantes. A explosão de fogos de artifício tornou-se um espetáculo visual e auditivo, utilizado não apenas para fins simbólicos, mas também como uma forma de entretenimento e celebração.

Hoje, a queima de fogos de artifício é uma tradição enraizada em diversas culturas, representando alegria, renovação e esperança para o futuro. As exibições pirotécnicas durante o Réveillon são aguardadas ansiosamente em muitas partes do mundo, proporcionando um espetáculo deslumbrante que une pessoas na celebração da passagem do ano. Destaque-se que em muitos estados do Brasil já são usadas opções silenciosas, de modo a poupar do estresse pessoas enfermas, por exemplo, e os animais.

6. Carregar dinheiro no bolso:

A tradição de carregar dinheiro no bolso durante a virada do ano tem raízes em superstições relacionadas à atratividade de prosperidade financeira. Embora não haja uma origem específica documentada para essa prática, ela está associada a crenças culturais e simbolismos que perduram ao longo do tempo.

A ideia por trás de carregar dinheiro consigo na virada é acreditar que isso atrairá abundância e prosperidade financeira para o próximo ano. A escolha do valor pode variar de acordo com as tradições locais e as crenças pessoais, mas a intenção subjacente é sempre a mesma: criar uma conexão simbólica entre a presença de dinheiro e a atração de boa sorte no aspecto financeiro da vida.

7. Beijar à meia-noite:

A tradição de beijar à meia-noite na virada do ano tem raízes antigas e foi influenciada por diferentes culturas ao longo do tempo. A prática tem origens europeias e acredita-se que teve início na Roma antiga.

Durante as festividades do festival romano chamado Saturnália, que acontecia no final de dezembro, as pessoas celebravam a liberdade temporária e a inversão de papéis sociais. Durante esse período festivo, era comum trocar presentes, participar de banquetes e compartilhar afeto uns com os outros.

Com a ascensão do cristianismo, as celebrações da Saturnália foram integradas às comemorações do Natal. A prática do beijo à meia-noite provavelmente persistiu como uma tradição que simboliza afeto, bons desejos e a celebração do amor durante a transição para o novo ano.

O gesto também pode ter sido influenciado por superstições medievais que associavam o beijo a práticas que afastavam maus espíritos e atraíam boa sorte. Assim, a tradição do beijo de Réveillon evoluiu ao longo dos séculos, tornando-se uma expressão simbólica de afeto, renovação e esperança para o ano que se inicia. 

Edição de texto: Monica Pinto
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