O Dia Nacional do Escritor, 25 de julho, foi instituído em 1960 pelo então ministro da Educação e Cultura Pedro Paulo Penido. A escolha da data se deve à realização, no mesmo ano, do I Festival do Escritor Brasileiro, no Rio de Janeiro, promovido pela União Brasileira de Escritores (UBE), cujo vice-presidente era o escritor Jorge Amado (1912-2001).

Desde a sua criação, o principal objetivo da data é conferir visibilidade à profissão, imprescindível para o avanço pessoal e coletivo em termos de conhecimento. 

Em Sergipe, o mercado editorial recebe apoios sazonais, com oportunidades para publicação de obras, de escritores(as) iniciantes ou não. Existem alguns projetos e editoras responsáveis pela seleção e publicação de materiais inéditos. 

Confira algumas opções levantadas por F5 News: 

Editora Seduc 
O programa criado em dezembro de 2019 tem o objetivo de divulgar obras de estudantes, professores, profissionais da gestão e pesquisadores em geral. Pela iniciativa, são divulgados editais anuais em que as obras mais complexas podem ser submetidas a uma análise do Conselho Editorial da Secretaria. 

Além disso, há a possibilidade de publicar materiais de forma contínua através das revistas Espie e Revise, já que é possível encaminhar textos a qualquer momento. 

Atualmente, a Editora está com edital aberto para publicação de livros impressos e digitais. O prazo foi prorrogado até 11 de agosto para os interessados submeterem as suas obras. 

Editora Diário Oficial do Estado de Sergipe (Edise)
Órgão vinculado aos Serviços Gráficos de Sergipe (Segrase), a Edise foi fundada em novembro de 2009, com o objetivo de promover a divulgação de livros produzidos, principalmente, por sergipanos. 

Além das obras serem comercializadas na Segrase, existe a possibilidade das vendas alcançarem as livrarias situadas em Aracaju. 

Os escritores interessados em publicar obras devem atender aos requisitos que podem ser visualizados no site oficial da Editora, tais como os de formatação, conteúdo e quantidade de páginas. Após isso, o livro vai passar por uma seleção realizada pelo Conselho Editorial e, caso seja aprovado, as outras etapas terão encaminhamento. 

Vale ressaltar que a Edise prioriza obras de caráter científico, de coleções temáticas, oriundas de trabalhos acadêmicos (como doutorados e mestrados), revistas culturais e coletâneas. 

Editora UFS 
Além de ser responsável pelo ensino superior de muitos sergipanos e não só deles, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) possui uma editora que divulga editais periódicos destinados à seleção de obras autorais digitais e impressas. 

A publicação pode ser feita através de três processos seletivos - o de obras avulsas, que contempla aquelas financiadas pelo autor e/ou instituições de fomento (públicas ou privadas); e os de obras impressas ou digitais, em ambos os casos aprovadas em editais públicos. 

Cada categoria de submissão apresenta critérios específicos, como a necessidade de financiamento pelo autor ou por uma instituição pública ou privada. Há a possibilidade também de financiamento da própria UFS com ou sem parceria externa, e a seleção por meio de iniciativas destinadas ao incentivo da cultura editorial, como o Programa de Publicações Digitais (PPD).  

O PPD contempla obras selecionadas nos editais em parceria com a Pró-reitoria de Pós-graduação e Pesquisa, e está voltado à disseminação digital da produção científica de docentes, discentes ativos e discentes egressos dos Programas de Pós-Graduação da UFS, tendo como objetivo estimular a difusão do conhecimento através da publicação das dissertações, teses e livros produzidos na Universidade, conforme expõe o Portal UFS.

A antropóloga Yérssia Assis foi uma das contempladas pelo Programa de Publicações Digitais (PPD) da UFS, Ela desenvolveu uma obra, em parceria com outros estudantes, enquanto participava de um Grupo de Trabalho  Relações Étnico-raciais, vinculado ao grupo de pesquisa Grupo de Estudos Culturais, Identidades e Relações Interétnicas (GERTs). 

“O livro “Relações étnico-raciais em Sergipe: escritas negras” ganhou um edital da Editora UFS e consegue ser publicado por conta desse financiamento. Foi um financiamento de edição de e-book, ou seja, ele está num formato digital de open acesso, o que permite que as pessoas tenham acesso livre para poderem baixar  à vontade”, contou Yérssia ao F5 News. 

Além desses programas que têm caráter regional, existem outros, nacionais, de incentivo à cultura, entre eles os viabilizados por intermédio da Lei Aldir Blanc, que prevê o incentivo financeiro ao setor.

A proposta surgiu para auxiliar o segmento artístico-cultural, fortemente afetado pela pandemia de Covid-19, e permanece até a atualidade.