Conheça histórias de balizas que atuaram nos desfiles da Independência | F5 News - Sergipe Atualizado

Sergipe
Conheça histórias de balizas que atuaram nos desfiles da Independência
Eles e elas ajudam as apresentações escolares a brilhar nesses festejos cívicos
Cotidiano | Por F5 News 07/09/2023 09h00 |


No dia 7 de setembro,a Independência do Brasil é resgatada e celebrada por meio dos desfiles cívicos que acontecem na maioria das cidades do país. Em Sergipe, a avenida Barão de Maruim, na região central de Aracaju, será o palco das apresentações das corporações militares e de estudantes das escolas municipais e estaduais que retornam para abrilhantar a tradição, após três anos de ausência devido à pandemia de Covid-19. 

As apresentações das escolas são formadas em equipes distintas, mas que trabalham juntas. Na banda marcial, por exemplo, o mór é a pessoa que fica à frente dando os comandos de marcha e de alinhamento dos músicos, orientando-os durante o trajeto, compondo um corpo coreográfico. Os destaques são integrantes que carregam o emblema da escola ou banda, por exemplo.

Mas, abrindo o caminho das bandas, as balizas conferem especial beleza e ritmo às apresentações, com coreografias derivadas do balé e da ginástica rítmica. 

Na maioria das vezes, quem assume o papel de ser a baliza ou balizador da escola são pessoas que já se identificam com a atividade. Esse foi o caso da ex-baliza Mayara Grazielle, de 24 anos, que sempre foi apaixonada pelas artes, principalmente quando estava relacionada a danças e apresentações. Ela decidiu fazer parte da equipe do Colégio Costa e Silva - atualmente o Centro de Excelência Professor João Costa -, no ano de 2015, após assistir um ensaio de outra baliza e ginasta. 

A história de Danilo Rangel, de 25 anos, é um pouco diferente, mesmo saindo do mesmo princípio: a identificação com a apresentação nos desfiles. Antes de se tornar professor de ginástica, ele foi balizador pela escola onde estudava.

“Eu comecei por um projeto independente chamado Scorpions Drums de Aracaju, ao qual fui convidado pra ser balizador diante de algumas coisas que eu já fazia em corpo coreográfico.  Eu já estava dentro do balé há um curto período e foi a partir do projeto que o sonho começou a se concretizar”, disse Danilo ao F5 News. 

A apresentação de balizas desperta a emoção do público, o arrepio na pele, os gritos da plateia e, para quem faz a atuação, receber esse carinho é gratificante, principalmente depois de ter dedicado meses de ensaio para alcançar a melhor performance.

“A sensação de desfilar como bailarino é de liberdade, já que posso dançar como eu quiser musicalmente e por estar em contato direto com público. Eu tenho um sentimento afetivo em relação ao que sentia durante o toque de música, ou com o olhar de um idoso que, possivelmente, não vou ver depois, um olhar de uma criança que vê como inspiração, o olhar de amigos de admiração, gritos, aplausos, familiares admirando fotos”, disse Danilo Rangel ao F5 News.

Apesar dos momentos de gratificação nos desfiles, também existiam dificuldades para ambos. Mayara destaca que a principal delas era a falta de assistência no decorrer das apresentações. “As balizas, muitas vezes, não tinham o apoio, por exemplo, de pessoas que dessem suporte com a hidratação e alimentação nas apresentações. Às vezes, a gente passava mal e não tinha ninguém para ajudar. Além disso, existia a dificuldade com o reconhecimento e apoio financeiro para levar o melhor para as avenidas”, lembra a ex-baliza ao portal. 

Já para Danilo, a dificuldade está relacionada ao preconceito, por ser uma atividade geralmente associada a mulheres. “Teve muita brincadeira pesada e provocações durante algumas apresentações. Mas acredito que mais complicado foi até ganhar o respeito de entenderem que eu levava o que fazia com seriedade", relata.

Após ter conquistado esse respeito, Danilo se tornou referência no estado pelo trabalho que desempenhava, por isso ele destaca a validade de se posicionar. [É importante] a gente se impor,  se posicionar para que o outro nos trate como a gente permite que ele nos trate. Isso foi bem importante para que toda essa transformação acontecesse”, afirma.

No caso de Mayara Grazielle, essa vivência também reverberou no aspecto pessoal e foi além. “Ser baliza me abriu outras portas. Eu consegui uma bolsa em uma escola de dança contemporânea através de um concurso, vinculado ao Ministério da Educação (MEC), de que participei. Também mudou a minha vida no que diz respeito aos objetivos e propósitos”, contou a ex-baliza ao F5 News
 

Edição de texto: Monica Pinto
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