Daniele Barreto segue internada em Aracaju sem previsão de alta
Médica acusada de mandar matar o marido teve prisão domiciliar revogada Cotidiano | Por F5 News 02/09/2025 12h30 |A defesa da médica cirurgiã Daniele Barreto, acusada de envolvimento no assassinato do marido, o advogado José Lael Rodrigues Júnior, informou que ela permanece internada em uma clínica particular de Aracaju, mas não detalhou o estado de saúde nem o motivo da internação. Também não há previsão de alta.
Segundo o advogado Lincoln Prudente Rocha, a médica já vinha apresentando problemas psicológicos antes mesmo do processo. Ele afirma que Daniele foi vítima de diferentes tipos de violência (sexual, psicológica e patrimonial) ao longo dos anos.
“Trata-se de uma mulher que sofre há anos em um contexto de abusos contínuos, e não de um episódio isolado ou de uma decisão recente do Supremo Tribunal Federal, como vem sendo divulgado. Infelizmente, Daniele tem vivido em uma situação de violência prolongada, comprovada por vídeos aos quais a imprensa teve acesso e que também será reforçada por testemunhas ouvidas no processo”, declarou o advogado em entrevista à TV Sergipe.
Daniele estava em prisão domiciliar desde maio, por determinação do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que levou em conta alegações da defesa relacionadas a histórico de violência doméstica. No final da semana passada, a prisão domiciliar foi revogada.
O crime
O crime ocorreu em 18 de outubro de 2024, na Avenida Jorge Amado, bairro Jardins, Zona Sul de Aracaju. Dois homens desceram de uma motocicleta e dispararam contra o carro em que estavam o advogado José Lael Rodrigues Júnior e um de seus filhos. Ambos foram atingidos, mas Lael não resistiu.
Imagens de câmeras de segurança mostraram, cerca de uma hora e meia antes da execução, a amiga e a secretária de Daniele conversando com dois homens dentro de um carro. As mulheres foram deixadas em um condomínio em seguida.
De acordo com a investigação policial, no dia do crime, Lael e o filho haviam saído para comprar açaí a pedido da médica. A polícia aponta que Daniele teria informado aos executores a localização das vítimas. Ela e outras seis pessoas foram presas sob suspeita de envolvimento no assassinato.





