Por Elisângela Valença

Demora no atendimento no Samu gera muita reclamação

O dia de hoje começou marcado por dois acidentes graves, com mortos e feridos. O primeiro aconteceu por volta da 1h45, na avenida Heráclito Rollemberg (Acidente grave mata estudante e deixa dois jovens feridos). O segundo aconteceu por volta das 5h da manhã, na BR 101 (Acidente mata motociclista). Uma característica comum aos acidentes foi a demora no atendimento pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). No primeiro, ocorrido na madrugada, populares informaram que a ambulância levou mais de trinta minutos para chegar ao local. No segundo, a ambulância chegou três horas depois.

Os condutores das ambulâncias do Samu estão em greve há dezoito dias. Segundo Adilson Ferreira, presidente do Sindicato dos Condutores de Ambulância de Sergipe (Sindiconam/SE), eles estão mantendo 50% do efetivo para o atendimento. Em 20 de agosto, em matéria publicada aqui no F5 News (Greve de condutores de ambulâncias do Samu segue sem negociação), ele informou que os problemas de atendimento acontecem porque gestores estavam usando UTI móveis para fazer o serviço básico, que são serviços para pacientes sem risco, como remoção de um paciente em alta médica, traslado entre unidades de saúde, entre outros. “O problema ainda persiste. Eles continuam desviando UTIs móveis para serviço básico. Por isso, quando tem um acidente grave, eles informam que não tem ambulância, mas não dizem por que não tem”, disse Adilson.

Segundo o presidente do Sindiconam/SE, a greve continua. “O plano de cargos e salários apresentado é a destruição da carreira. Não há valorização na proposta do governo e a categoria vai continuar em greve”, diz Adilson, acrescentando que o salário-base da categoria é de R$ 642,65 e estão há nove anos sem reajuste, nem negociação.

A equipe de reportagem entrou em contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde e aguarda o seu posicionamento, que será publicado assim que enviado.