Sergipe já registra 15 mortes por Covid-19 em 2025 e acende alerta para nova variante
A situação ganha contornos ainda mais delicados com a confirmação da circulação de uma nova variante do SARS-CoV-2 em Sergipe Blogs e Colunas | Saúde em Dia 17/09/2025 11h21 - Atualizado em 17/09/2025 11h29O estado de Sergipe vive um momento de atenção redobrada diante do aumento dos casos de Covid-19 em 2025. De acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES), já foram registrados 600 casos e 15 óbitos neste ano, a maioria em idosos acima de 70 anos. Apenas uma das vítimas fatais tinha entre 40 e 49 anos de idade. Em todo o ano passado, foram contabilizados 35 óbitos, o que reforça a preocupação atual com o crescimento do número de mortes em poucos meses.
A situação ganha contornos ainda mais delicados com a confirmação da circulação de uma nova variante do SARS-CoV-2 em Sergipe, batizada de XFG, também conhecida como Stratus. Essa cepa apresenta mutações que podem reduzir levemente a ação dos anticorpos. Resultados positivos foram detectados em três amostras coletadas em Aracaju e uma em Nossa Senhora do Socorro.
Além do coronavírus, outros vírus respiratórios têm contribuído para a pressão sobre o sistema de saúde nos últimos meses, como influenza e H1N1, que, em associação à Covid-19, estão relacionados a quadros graves, internações e até óbitos.
Segundo o diretor de Vigilância em Saúde da SES, Marco Aurélio Góes, a prevenção deve ser pensada de forma integrada. “Quando a gente pensa em prevenção da Covid-19, a gente tem que pensar também nos vírus respiratórios. Isso significa manter a vacinação em dia para quem tem vacinas disponíveis, além de intensificar os bons hábitos, como alimentação saudável, atividade física regular e medidas que diminuam a transmissão, como higienizar as mãos, usar máscara em caso de sintomas, evitar locais com aglomeração e proteger os grupos mais vulneráveis, como imunodeprimidos, gestantes, crianças e idosos”, ressalta.
Vacinação e cuidados diários seguem como aliados
A infectologista Mariela Cometki reforça que a vacinação é a principal arma contra a doença, inclusive com as doses de reforço. Ela orienta que, em caso de sintomas respiratórios, seja feito o isolamento até a definição do diagnóstico, além da manutenção de medidas simples, como higienizar as mãos com frequência, manter ambientes ventilados, preferir espaços abertos e utilizar máscara em situações de maior risco, como transporte público e unidades de saúde.
A médica destaca, no entanto, que é essencial encarar esse momento com responsabilidade, mas sem pânico. “Mais importante do que viver em alerta constante é manter o equilíbrio da saúde e da imunidade. Isso significa alimentação adequada, prática de atividade física, sono regular e consultas de rotina em dia. Assim, fortalecemos o corpo e acalmamos o coração”, conclui.







André Carvalho é jornalista há mais de 20 anos. Formado pela Universidade Tiradentes (Unit), possui especialização em Marketing pela Faculdade de Negócios de Sergipe (Fanese). Foi apresentador de programa de rádio e televisão, e atuou como assessor de comunicação de vários órgãos públicos e secretarias municipais e estaduais. Atualmente, é editor do Caderno Saúde em Dia.
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