A empresa Cangaço Eco Parque foi condenada a desembolsar R$ 400 mil em indenizações a um cliente que ficou tetraplégico após um incidente em um toboágua do estabelecimento, que fica às margens do rio São Francisco em Poço Redondo (SE).

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A decisão do juiz Maurício Breda, da 5ª Vara Cível de Maceió, foi divulgada nesta segunda-feira (8) pelo Poder Judiciário de Alagoas.

O magistrado fixou a quantia de R$ 200 mil por danos morais e mais R$ 200 mil por danos estéticos. Além disso, a empresa deverá pagar uma pensão vitalícia de um salário mínimo mensal para cobrir despesas e tratamentos do autor do processo.

Segundo relato ao Judiciário de Alagoas, ao descer em um toboágua, o cliente chocou a cabeça na areia do fundo do rio, resultando em um princípio de afogamento. Após ser retirado da água, ele já estava sem movimentos nos braços e nas pernas.

O cliente alegou ausência de orientações sobre o uso seguro do toboágua, bem como a inexistência de placas informativas, funcionários ou bombeiros civis para auxiliar os frequentadores. Ele afirmou ter sido socorrido por um técnico de saúde que estava no parque a lazer.

A decisão do juiz destacou a falta de provas de que o atendimento ao cliente foi adequado e conduzido por profissionais qualificados. O magistrado concluiu que o incidente ocorreu devido à negligência da empresa que se mostrou omissa quanto ao ocorrido.

A defesa da Cangaço Eco Parque argumentou a presença de placas e instrutores no local, sugerindo a possibilidade de ingestão de bebida alcoólica pelo demandante. No entanto, segundo o Judiciário de Alagoas, a ré não conseguiu comprovar a presença de bombeiro ou instrutor durante o incidente.

Ao proferir a sentença, Maurício Breda levou em consideração a dor e as sequelas sofridas pela vítima. "Há de se atentar para a extensão do sofrimento e das sequelas advindas do evento danoso e, ainda, para o grau de responsabilização da parte obrigada."

Além das indenizações, o Cangaço Eco Parque foi condenado a ressarcir R$ 891,61 por danos materiais. O acidente resultou não apenas na tetraplegia do cliente, mas também em um trauma raquimedular cervical. 

O F5 News fez contato com o Eco Parque e solicitou o posicionamento da empresa sobre a sentença, mas não recebeu resposta até a publicação desta matéria. O portal permanece à disposição.