Entenda como festas de fim de ano podem ser traumáticas para algumas pessoas | F5 News - Sergipe Atualizado

Entenda como festas de fim de ano podem ser traumáticas para algumas pessoas
F5 News conversou com uma psicóloga para entender as complexidades desses impactos
Cotidiano | Por Gabriel Ribeiro 02/01/2024 15h00 - Atualizado em 02/01/2024 18h04 |


O Natal e o Ano Novo são épocas que evocam imagens de alegria, celebração e união familiar para muitas pessoas, mas há quem se veja imerso em tristeza e melancolia nesse período, não raro associado a experiências negativas, durante a infância ou mesmo na vida adulta.  

F5 News conversou com a psicóloga e psicoterapeuta Bianca Galindo, especialista em terapia sensível ao trauma, para esclarecer as complexidades desses impactos emocionais que costumam aflorar em finais de anos. 

"Para aqueles que tiveram experiências negativas na infância relacionadas ao Natal, a época pode ser desafiadora devido a gatilhos emocionais. A tradição natalina, marcada por reuniões familiares e celebrações, pode ativar lembranças dolorosas, especialmente quando as relações familiares foram problemáticas", disse Bianca Galindo.

"As memórias desagradáveis da infância são como raízes que moldam a árvore da vida adulta. Elas podem contribuir para problemas significativos, incluindo dificuldades nos relacionamentos, transtornos de ansiedade e depressão, caso não sejam adequadamente processadas e enfrentadas durante o desenvolvimento", afirma ainda a psicóloga.

Segundo Bianca, pessoas que associam o Natal a experiências negativas podem manifestar sentimentos intensos, como tristeza, raiva, medo, rejeição e isolamento. Comportamentos de isolamento, impulsividade e dificuldades em estabelecer limites são observados frequentemente neste grupo.

Ainda conforme ela, a ausência de experiências natalinas positivas na infância pode afetar a capacidade de formar conexões emocionais e criar tradições familiares na vida adulta. “A pessoa pode enfrentar dificuldades internas, prejudicando relacionamentos e a capacidade de viver momentos de união”, enfatiza.

Bianca Galindo sugere abordagens terapêuticas sensíveis ao trauma, considerando a interconexão entre mente e corpo. "Essas abordagens visam reconhecer, liberar e integrar as experiências traumáticas, proporcionando uma visão holística para a cura emocional", destaca.

"No processo terapêutico, a conscientização sobre o trauma, respeito ao ritmo interno e exploração gradual são fundamentais. A busca por novos significados e a integração de recursos fortalecem a resiliência emocional", disse ao portal. 

A especialista explicou que expectativas sociais em torno do Natal podem ser desafiadoras para quem teve experiências negativas. Estabelecer limites realistas, definir expectativas adequadas e focar em experiências autênticas ajuda a lidar com as pressões sociais.

"Desenvolver novas tradições alinhadas aos valores pessoais, estabelecer limites saudáveis e buscar apoio terapêutico são passos essenciais para criar uma abordagem mais positiva em relação à temporada festiva", disse.

Bianca finaliza destacando que sinais como isolamento, mudanças de humor e discussões intensas podem indicar luta emocional. Amigos e familiares têm um papel crucial nesse contexto, oferecendo apoio através da presença empática, escuta atenta e, se necessário, indicando ou acompanhando a terapia.

Edição de texto: Monica Pinto
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