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Falta de segurança afasta público de parque
Cotidiano 31/08/2012 14h00 |


Por Elisângela Valença

Um terço das 300 tarefas da área do Parque José Rollemberg Leite guarda o que restou da Mata Atlântica em Aracaju. O famoso Parque da Cidade fica na zona norte da capital sergipana e funciona desde 1985. Além de ampla área verde, pista para caminhada e corrida, o parque abriga um zoológico com diversidade de animais, como leões, ursos, macacos; um centro de equoterapia; restaurantes e unidades de órgãos governamentais, como a Polícia Montada, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e da Empresa de Desenvolvimento Agrário (Emdagro), responsável pelo espaço.

O Parque da Cidade funciona de terça a domingo, das 8h às 17 horas, e o acesso é gratuito. A partir das 9h30, o público pode apreciar o parque e a vista de Aracaju de um teleférico, já que o parque fica num dos pontos mais altos da cidade, o Morro do Urubu. Crianças até cinco anos de idade não pagam; dos seis aos doze, pagam cinco reais, o restante do público paga dez reais pelo passeio.

Com diversidade de fauna, flora e coisas para fazer, é de se imaginar que o Parque da Cidade viva lotado de famílias e escolas em várias atividades. Mas não é o que acontece. Durante a semana, o parque tem mais funcionários que visitantes, equação que só se diferencia nos finais de semana e feriados. “O que afasta o público daqui é a falta de segurança. Minha esposa não vem, com medo”, diz Orlando Rocha, militar aposentado. Ele é frequentador do parque, tanto como espaço para atividade física, como para lazer, quando leva os netos para brincar.

Na última quarta, alunos e professores do Colégio Estadual Albano Franco foram assaltados dentro do zoológico do parque. Dois homens armados renderam o grupo, roubaram pertences e fugiram. “Esta foi uma ação isolada e resultado de ousadia. A área do zoológico é toda cercada. Eles roubaram e saíram correndo, pulando as catracas de acesso ao zoológico e se embrenhando na mata. Eles arriscaram. Infelizmente, funcionou”, diz o coordenador do Parque da Cidade, Joubert Pimentel.

Segundo ele, a peculiaridade da área é que gera a fragilidade na segurança. “Acontecem alguns assaltos na região do parque, mas não com frequência. Temos uma área muito grande e de mata fechada, o que dificulta uma cobertura total em questão de segurança”, alega. “Nós temos a Polícia Montada aqui dentro, que nos atende prontamente sempre que necessitamos, mas não é atribuição deste pelotão cobrir a segurança do parque. Já estamos em conversa com a Polícia Militar para pensar numa solução”, acrescenta.

O coordenador explica que a preocupação com a segurança é uma constante e que aumenta nos meses de setembro e outubro, quando o parque recebe seu maior fluxo de visitantes, chegando a cem mil pessoas por conta do mês da criança.

Cuidados

Apesar da sensação de abandono pela falta de segurança, o Parque da Cidade tem seus cuidados mantidos. “A gente vê que o parque não está abandonado, que as coisas estão recebendo manutenção. O que atrapalha realmente é esta falta de segurança”, diz o militar aposentado e frequentador do parque, Orlando Rocha.

“Infelizmente, casos como este acabam maculando a imagem do parque. As pessoas acabam esquecendo do zoológico, que recebeu animais novos, como o leão macho, o urso de óculos, e de tudo de bom que tem por aqui”, queixa-se o coordenador Joubert Pimentel.

Apesar do cuidado em alguns pontos, outros não funcionam mais, como as quadras poliesportivas. Nos campos de futebol, apesar do mau estado, pessoas ainda se aventuram num bate-bola.

Bicicleta

Outra queixa de populares é a proibição da circulação de bicicletas dentro do Parque da Cidade. Muita gente reclama de ter que deixar a bicicleta na entrada do parque, no bicicletário, e não aproveitar o espaço passeando com a "magrela".

“Não é que é proibido. A gente sugere que a pessoa deixe a bicicleta no estacionamento, já que o terreno é cheio de subidas e descidas e a pessoa acaba mais empurrando a bicicleta do que pedalando”, explica o coordenador. “Se a pessoa quiser entrar com a bicicleta, a gente informa que no local há trânsito de pedestres e outros veículos, que é necessária muita atenção para evitar acidentes”, acrescentou.

Ele informou ainda que está sendo feito um estudo de readequação da malha viária dentro do parque. “Nossas vias são estreitas, o que dificulta ainda mais o trânsito e o pedestre disputa espaço com carros e motos. Estamos fazendo um estudo para readequar nossas vias, com faixas exclusivas para pedestres e bicicletas”, disse.

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