Por Sílvio Oliveira

Fiscais da Emsurb são acusados de agredir ambulante grávida

Uma vistoria de rotina de fiscais da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emurb) a ambulantes, ocorrida nesta terça-feira (27), por volta das 17h, no Centro de Aracaju, terminou registrada na 2ª Delegacia Metropolitana.  A ambulante Ruth Silva Dantas (22) acusa fiscais da Empresa de utilizarem da violência para impedirem que ela comercialize churrasquinhos e bebidas no cruzamento entre a rua Santa Rosa e a praça General Valadão.

A ambulante está grávida de seis meses e, segundo ela, tem a seu favor testemunhas que intercederam no incidente indignadas. “A gente trabalhava perto do Lourival Baptista e eles tiraram a gente de lá e colocaram na entrada da rua Santa Rosa. Estava no meu trabalho, eles chegaram e mandaram sair. Ia sair, só que não posso carregar o carrinho. Pedi para aguardar meu marido chegar, porque estou gestante. Ai começou a confusão”, relatou Ruth Dantas, ao prestar depoimento na Delegacia Metropolitana.

Segundo a ambulante, o fiscal mais exaltado tinha ingerido bebida alcoolica, inclusive já é seu cliente no carrinho onde comercializa bebida. Ela ainda informou que eles a xingaram, quiseram levar o carrinho numa Kombi, quando a população intercedeu e interrompeu os fiscais de levarem a mercadoria. “Uma senhora que passava e viu ligou para a polícia. Eles passaram a dizer que os policiais estavam invadindo o trabalho deles. Eu ia sair. Fiquei indignada com a forma que eles me trataram”, destacou.

A testemunha a que Ruth Dantas se refere é a comerciante Ana Selma Barbosa, que passava pelo local na hora do incidente. “A população protegeu a moça. Eles só não levaram o carrinho, porque a população não deixou”, confirmou.

O diretor de Espaços Públicos da Emsurb, Antônio Carlos, disse que não abrirá nenhum processo administrativo em relação a atitude dos fiscais, visto que os funcionários estavam dando cumprimento à legislação e fazendo o trabalho deles. “A Emsurb está fazendo o trabalho de fiscalizar e organizar os espaços públicos. A nossa fiscalização já tinha dito a ambulante, várias vezes, que ela não podia ficar naquele local e que ela estava irregular. Não entendemos que necessite abrir nenhum procedimento administrativo. Não houve excesso por parte deles”, afirmou categórico o diretor.