IML, Institutos de Identificação e Criminalística podem entrar em greve
Cotidiano 29/08/2012 13h30 |Por Fernanda Araujo
“O diretor Adelino Lisboa é o responsável direto por essa bagunça. O secretário João Eloy e o diretor ignoram os problemas”. Foram baseados nessas expressões de indignação que os servidores da Coordenadoria Geral de Perícias (Cogerp) de Sergipe se reuniram hoje em assembleia na Praça Tobias Barreto, Zona Sul de Aracaju, em frente ao Instituto Médico Legal.
Mesmo com o investimento em 2011 em mais de R$ 670 mil na reestruturação do IML, segundo a Secretaria de Segurança Pública, eles pedem modernização na perícia, organização da coordenadoria e valorização dos servidores. Além disso, reclamam de baixos salários, falta de equipamentos e instalações improvisadas em várias instituições ligadas à Cogerp.
O objetivo da manifestação também foi interromper a possível aprovação de um projeto de lei para os servidores que já tramita na esfera legislativa. O presidente em exercício do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Fábio Dantas (foto ao lado), afirma que todos os institutos irão paralisar suas atividades, entre eles o IML e os Institutos de Identificação e Criminalística. “Tão somente seria necessário que o governo acenasse de forma positiva para que retorne esse projeto de lei que vai estar na assembleia, para que seja discutida com a categoria. Se o projeto não for analisado por nós, isso vai provocar uma insegurança nos servidores que já trabalham há muito tempo, principalmente aos que trabalham na Cogerp oriundos de outras secretarias”, explica.
Segundo a informação do sindicalista, o projeto está nas comissões. Para ele, torna-se difícil até falar em questões pontuais. "Eles guardam segredo”, afirma.
Foram deliberadas três paralisações por unanimidade nesta quarta-feira (29). A primeira acontecerá na próxima segunda-feira (10) por 12 horas, das 7h às 19h. Não havendo sinalização do governo sobre os problemas apresentados, mais uma paralisação acontecerá no dia 17 de setembro por 24 horas, a partir das 7h. A última ocorrerá por 48 horas do dia 24 a 26 do mesmo mês. Caso não haja novamente diálogo com o governo, os servidores farão nova assembleia na praça com a possibilidade de greve por tempo indeterminado.
Questionado se durante as paralisações, o estado poderá se tornar um cemitério a céu aberto, Fábio Dantas foi categórico em dizer que há possibilidade de corpos ficarem expostos sem o trabalho da perícia, o que, a seu ver, será motivado pela insensibilidade do governo em discutir o projeto com a categoria. “Não adianta falar mais dos problemas porque todo mundo já sabe. A perícia de Sergipe foi considerada como sendo a pior do país. Tem que haver modernização, mas primeiro temos que arrumar a casa para podermos ir à frente sem problemas futuros”, diz.
Ontem uma servidora de criminalista procurou o sindicato para informar que o gestor estava ameaçando cortar o ponto de quem fosse comparecer a assembleia hoje. De acordo com o presidente, o sindicato vai tomar as providências cabíveis.


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