Início de tumulto é gerado entre comerciantes do calçadão da Atalaia
Cotidiano 14/06/2012 18h29 |Por Sílvio Oliveira
Os ambulantes que comercializam artesanato e outros objetos nas calçadas da terceira etapa da orla da praia de Atalaia estiveram com os ânimos exaltados na tarde desta quinta-feira (14). Proibidos de vender nas proximidades da praça de eventos, onde ocorre o Arraial do Povo, eles iniciaram a instalação das barracas e tendas nas calçadas que circundam um estacionamento da orla, mas novamente foram proibidos por agentes da Empresa Municipal de Urbanismo (Emurb) e técnicos da Empresa Sergipana de Turismo (Emsetur). A polícia militar foi acionada para conter o início de tumulto, mas até o final da tarde não precisou agir.
Mostrando um boleto de pagamento no valor de R$ 20, referente a uma associação nominada de Confederação Nacional de Artesanato (Contriart), Ari da Silva (foto ao lado) disse que trabalha há quatro anos no local, investiu em mercadoria e agora não tem onde vendê-la. “Ontem (quarta-feira) fomos impedidos de comercializar e disseram que se armássemos as barracas ali, iriam apreender a mercadoria. Hoje aconteceu de novo”, reclamou, afirmando que há uma negociação entre o Ministério Público e a Emsetur, segundo a qual ninguém seria retirado da área sem que antes fosse encontrado um local alternativo para o comércio.
Valdisson Vieira de Andrade, artesão, também participou da manifestação e disse que investiu mais de 6 mil em mercadorias com a previsão de lucrar na temporada de festejos juninos. “Trabalho com capim dourado. Faço bijuterias e exponho numa mesa de 1m 50. O resto do material fica dentro da bolsa. Tenho medo de que levem tudo”, afirmou.
Nervos exaltados
A questão não tinha sido resolvida até o final da tarde e os ânimos continuavam exaltados, inclusive com a ameaça de fechamento da avenida Oceânica. “Queremos somente um local para ganhar nosso sustento. Vamos fechar a avenida, porque o que está acontecendo é um absurdo”, ameaçou Adilma Cardoso, artesã.
Um técnico da Emsetur estava no local, mas preferiu não se pronunciar. Reticente, ele somente disse que não teria outro local para alocar os ambulantes e que ali também não poderiam ficar.
O professor e morador da Atalaia José Carlos Santos, que passava no local, opinou dizendo que realmente o pessoal não deve ficar naquele espaço, dada a reclamação de pessoas de que não têm mais como transitar nas calçadas, além da queixa de concorrência desleal por parte de comerciantes que pagam impostos, entre vários outros problemas.
“É injusto com quem tem comércio na área. As barracas na calçada, sem nenhuma padronização, deixam a orla sem conforto e sem beleza. Sei que todos devem ganhar dinheiro, mas que seja planejado”, disse Santos.
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