Manifestantes do Samu afirmam que o governo tenta maquiar a greve
Condutores e servidores federais fazem passeata para alerta à população Cotidiano 28/08/2012 10h41 |Por Fernanda Araujo
Em resposta as acusações contra os condutores do Samu de Sergipe, sobre as mortes ocorridas por demora no atendimento, os trabalhadores na saúde fizeram uma passeata de alerta nas ruas da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) e da Secretaria do Estado da Saúde.
Divulgado na imprensa, há duas semanas depois da greve dos condutores, uma mulher denunciou na Delegacia Plantonista de Aracaju (SE) que o Samu demorou uma hora e 30 minutos para atender ao seu marido, que acabou morrendo antes de a ambulância chegar ao local. A Secretaria do Estado da Saúde afirmou, no entanto, que estranha a redução de ambulâncias na capital, visto que os servidores municipais do Samu estão vinculados ao município, o que não faz sentido a adesão da greve dos servidores estaduais e federais.
O Samu nega a denúncia e afirma que o carro chegou 24 minutos após o chamado. Segundo o presidente do Sindicato dos Condutores do Samu de Sergipe (Sindconan/SE), Adilson Ferreira, o governo tenta maquiar a greve. Segundo ele, a passeata tem o objetivo de mostrar à sociedade a real razão da paralisação.
Sobre o pedido do procurador jurídico Diego Freitas da FHS, de ampliar a quantidade de ambulâncias paralisadas durante a greve, o presidente afirma que há perseguição do governo para pedir a ilegalidade da greve. “O pedido do procurador foi negado pela segunda vez na Justiça. Na primeira vez foi indeferido pela desembargadora Rita de Cássia Pinheiro e agora por Josenilton de Carvalho. Ele pediu também duas vezes pela ilegalidade da greve, mas ainda não foi julgado. Ele afirma que não pediu, mas, aí é papinho dele para a população”, diz.
Em apoio aos condutores e também reivindicando seus direitos há mais de 100 dias de paralisação, os servidores federais da saúde acompanham a marcha. O responsável pelo Comando de Greve Unificado e servidor da Funasa, Elinos Sabino, atribui os problemas na saúde de Sergipe e do país à incompetência e irresponsabilidade dos gestores.
“Seja saúde estadual, municipal ou federal, os problemas que os servidores têm são os mesmos. A presidente Dilma, não atende as mínimas reivindicações na parte da reestruturação. Dilma só apresentou a proposta salarial e não acrescentou em mais nada. Cortou verbas para a saúde e educação e entrega bilhões aos banqueiros da Europa, por exemplo. Isso mostra a falta de compromisso com o serviço público, com a saúde e com a educação do povo brasileiro. Eu tenho certeza que a população está apoiando também aos condutores do Samu”, aponta.
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