Monica Pinto: uma vida de amor, jornalismo e generosidade
Conheça a trajetória da jornalista que construiu sólida carreira em quatro décadas Cotidiano | Por F5 News 17/06/2025 09h13 - Atualizado em 17/06/2025 09h29 |A jornalista e escritora Monica Pinto, editora do Portal F5 News, faleceu nesta terça-feira (17), aos 61 anos. Mineira de nascimento, mas sergipana de coração, Monica construiu ao longo de quase quatro décadas uma trajetória marcada pelo talento jornalístico, pela leveza nas palavras e, acima de tudo, por um profundo amor por Aracaju e pelo povo sergipano.
Sua história com a capital de Sergipe começou em 1987, quando, a convite de uma amiga de infância, passou o réveillon na cidade. Apaixonou-se pelo clima, pela cultura e por quem, poucos meses depois, viria a ser o pai de sua primeira filha. De malas prontas, trocou o Rio de Janeiro por Aracaju em julho daquele ano, onde não apenas criou raízes familiares, mas também deu início a uma carreira que deixaria sua marca no jornalismo local.
Mesmo enfrentando os desafios de ser uma jovem mãe em início de carreira, Monica não perdeu o bom humor e nem a vontade de contar histórias. Do primeiro emprego no Jornal de Sergipe à ascensão no Cinform, ganhou respeito e reconhecimento por sua escrita precisa, sensível e carregada de humanidade. “Escreveria um compêndio só sobre o tanto de gente da melhor qualidade que Aracaju colocou na minha jornada”, costumava dizer.
Foi também em Aracaju que conheceu o publicitário, compositor e artesão Xambu, com quem dividiu a vida pelos últimos 30 anos. Juntos, construíram uma história de amor, parceria e amizade, sempre cercados pela família e por muitos amigos que colecionaram ao longo dos anos.
Além do jornalismo impresso, Monica também teve forte atuação no jornalismo institucional, com passagens em órgãos públicos, e corporativo, especialmente junto ao Grupo Multserv, onde editou por anos a revista Sergipe S/A e, mais recentemente, integrou a equipe do F5 News como editora desde a sua fundação - sempre pautada pelo compromisso com a ética e a qualidade da informação. Nos últimos anos, também assinou obras biográficas e de resgate da história da sociedade sergipana como a Memória do Rádio e a Memória do Comércio.
Mesmo após uma temporada em Curitiba, para onde se mudou em 2005, manteve seu elo com Sergipe. Recentemente, voltou a dividir seus dias entre o Paraná e a vizinha Barra dos Coqueiros, de onde voltou a contemplar Aracaju e a manter laços com amigos, colegas de profissão e sua grande paixão pelo ofício.
Mãe dedicada de três filhas, Luiza Pinto Queiroga Dantas, Mariana Lua Pinto Arruda, Maria Zilda Pinto Arruda e madrasta carinhosa de Isabela Reed, Monica sempre se orgulhou de sua família sergipana.
“Essas quatro mulheres fortes, como a maioria das sergipanas, são para mim uma espécie de legado à cidade cujo povo tão bem me acolheu, onde fui esposa duas vezes, mãe três, e uma jornalista de bom conceito — que procuro firmemente manter — a quem nunca faltaram oportunidades.”, escreveu em uma crônica de homenagem ao 167º aniversário de Aracaju.
A trajetória de Monica Pinto é, acima de tudo, uma história de amor à vida, à profissão e a cidade que escolheu para chamar de sua. Seu legado permanece nas páginas que escreveu, nas amizades que cultivou e na memória de todos que tiveram o privilégio de conhecê-la.





