Desde 1957, ano em que foi fundada a Federação Mundial de Neurologia (FMN), a data 22 de julho é marcada por ser o Dia Mundial do Cérebro. Neste ano, a celebração do órgão mais importante do sistema nervoso acontece neste sábado (22).

Todos os anos, a FMN seleciona um tema para celebrar a data, e o lema de 2023 é “Saúde do Cérebro e Doença”. O intuito é compartilhar o impacto global das deficiências neurológicas. Para isso, a campanha é focada em cinco fundamentos: prevenção, sensibilização, acesso, educação e defesa de direitos.

Nesse contexto, o F5 News conversou com a médica neurologista Cecília Galrão. “Este dia é importante para chamar a atenção para a saúde do cérebro e estimular ações individuais e públicas para melhorar o acesso à saúde, tanto do ponto de vista cognitivo, como de outras funções desse órgão”, disse ao portal. 

Dentre as mais de 600 doenças neurológicas existentes, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma das mais conhecidas é o Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame. De acordo com o Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil, essa disfunção voltou a ser a maior causa de mortalidade no Brasil em 2022.

Por isso, é importante conhecer orientações sobre como preservar a saúde cerebral, já que os problemas neurológicos podem deixar consequências em pessoas de todas as faixas etárias, incluindo impactos na capacidade motora e cognitiva. 

Hábitos simples para cuidar da saúde do cérebro: 

- Alimentação saudável (rica em peixe, sementes e vegetais);
- Exercício físico;
- Cuidados com doenças associadas, como a hipertensão e diabetes;
- Evitar o consumo de cigarros ou outros produtos que contêm tabaco;
- Manter relações interpessoais presenciais;
- Jogos (palavras cruzadas, jogos de cartas, dominó, sudoku, xadrez e tabuleiro).

“Alguns dos cuidados com o cérebro parecem com os que são recomendados para outras doenças, como as cardiovasculares. Além disso, do ponto de vista da saúde cognitiva, manter relações interpessoais presenciais são de extrema importância! Tanto na prevenção de condições como depressão, quanto demência. A exposição excessiva a telas também é outro fator que sabemos ser muito deletéria a cérebros em formação, como de crianças e adolescentes, e tem se mostrado cada vez mais deletéria em adultos e idosos”, concluiu Cecília Galrão.