Médicos obstetras que atendem na Maternidade Lourdes Nogueira, em Aracaju, anunciaram nesta sexta-feira (17) a suspensão dos atendimentos eletivos na unidade. A decisão foi tomada após o não pagamento dos salários dos profissionais.

Divulgação PMA

Os serviços de urgência e emergência permanecem funcionando, mas cirurgias eletivas como a laqueadura tubária bilateral, inserção de DIUs pós-parto e os retornos agendados estão suspensos.

A crise financeira envolvendo a maternidade vem sendo debatida desde o início da gestão da atual prefeita, Emília Corrêa (PL). A gestora alegou que a administração anterior, do ex-prefeito Edvaldo Nogueira (PDT), deixou uma dívida de R$ 15 milhões e sugeriu possíveis irregularidades no contrato com o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), responsável pela gestão da unidade.

Em resposta, o ex-prefeito Edvaldo Nogueira refutou as acusações, defendendo a regularidade do contrato firmado com o INTS, que também negou qualquer tipo de irregularidade.

Reunião
A Secretaria Municipal de Saúde de Aracaju (SMS) se pronunciou sobre o impasse, afirmando que está empenhada em resolver a situação e garantir o pagamento dos salários. Uma reunião entre a SMS e a direção do INTS está agendada para esta sexta-feira (17). 

A SMS também informou que está realizando uma auditoria no contrato com o INTS, que envolve um valor global de aproximadamente R$ 414 milhões. A gestão municipal ressaltou que seus esforços estão voltados para evitar a desassistência à população aracajuana.