Pesquisa monitora problemas auditivos em pacientes oncológicos
Cotidiano 27/08/2012 11h12 |
O Centro de Oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) está envolvido em uma pesquisa inédita no Estado. Alunos do curso de Fonoaudiologia da Universidade Federal de Sergipe (UFS) passaram a colher dados resultantes do monitoramento do aparelho auditivo de pacientes oncológicos. A ideia surgiu devido a relatos de que os medicamentos cisplatina e carboplatina, comuns na quimioterapia, podem ter como efeito colateral a perda auditiva.
Sob supervisão da professora da UFS e fonoaudióloga, Priscila Oliveira, já foi realizado um Trabalho de Conclusão de Curso por duas alunas, que fizeram a pesquisa ainda em 2011. “Observamos que 81,8% dos pacientes oncológicos submetidos à quimioterapia apresentaram alterações auditivas. Apenas 33,3% deles relataram queixa de dificuldade de audição, portanto é bom ressaltar que somente a avaliação do sintoma auditivo não é suficiente para detectar o acometimento auditivo”, destaca Priscila Oliveira.
Ainda de acordo com a fonoaudióloga, ao detectar problemas auditivos nos pacientes, eles são encaminhados ao Hospital Universitário, onde são realizados procedimentos específicos e, se for o caso, é viabilizada a aquisição de um aparelho auditivo. “Além de encaminharmos os pacientes, conversamos com os médicos oncologistas do Huse, relatando os efeitos colaterais dos medicamentos sobre a audição em cada paciente. Em algumas situações houve até mesmo mudança na medicação prescrita”, conta.
Priscila Oliveira diz ainda que muitos pacientes reconhecem e elogiam o trabalho dos pesquisadores. “Alguns ligam, nos procuram, querendo ser avaliados novamente para checar se está tudo bem”, lembra.
Continuidade
Em 2012, os trabalhos de pesquisa foram retomados já com outros alunos. Um dos novos discentes participantes é Eneida Santos. “É importante dizer que em primeiro lugar a nossa pesquisa é relevante para o bem estar do paciente, pois, quando é detectada a perda auditiva, ele é encaminhado para tratamento. Nossa perspectiva é beneficiar essas pessoas e ampliar nossos estudos cada vez mais”, declara.
Nesta nova fase, o trabalho envolve, além da cisplatina e carboplatina, outros sete medicamentos. Uma cabine audiométrica e um audiômetro são apenas alguns dos recursos que estão sendo utilizados. A cabine tem como propósito fornecer um ambiente acústico capaz de garantir a confiabilidade de testes de audição. Atendido este requisito, os pacientes são submetidos a uma imitanciometria, teste capaz de fornecer informações objetivas sobre a integridade funcional das estruturas do sistema auditivo, como tímpano, ossículos e transmissão nervosa.
Extensão
A coordenadora do Centro de Oncologia do Huse, Rute Andrade, mostra-se empolgada com a atuação dos pesquisadores dentro da unidade hospitalar. “Essa parceria é fundamental para incentivar o ensino e a pesquisa. No caso da fonoaudióloga, Priscila Oliveira, quero destacar que ela teve a preocupação de nos trazer os resultados do trabalho, o que possibilita melhorias nos tratamentos. Estamos sempre abertos a receber novos pesquisadores, especialmente para melhorar a qualidade de vida daqueles que tratamos”, enfatiza.
Fonte: Asscom/SES
Foto: Bruno César/ Asscom/SES


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