A Prefeitura de Aracaju anunciou nesta quinta-feira (03) a data de início da operação dos corredores de ônibus na capital sergipana. A intenção é que essas vias instaladas em grandes avenidas que foram reformadas sejam usadas exclusivamente pelos veículos do transporte coletivo a partir do dia 11 de agosto.

Os corredores integram o Projeto de Mobilidade Urbana de Aracaju, que teve um investimento inicial previsto de mais de R$ 140 milhões, destinado à reconfiguração das avenidas Hermes Fontes, Beira Mar, Rio de Janeiro e Centro/Jardins.

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Uma campanha educativa da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) será realizada com o intuito de orientar a população sobre o uso dos corredores de ônibus durante 30 dias.

O prefeito Edvaldo Nogueira reforçou que essas faixas são necessárias para otimizar a operação do sistema de transporte público, na medida em que deve reduzir o tempo dos deslocamentos daqueles que utilizam ônibus. 

“Não é uma questão de lei ou de multa, é uma questão de conscientização para que as pessoas que mais precisam cheguem com tranquilidade em seus destinos”, disse Nogueira.

Com as faixas em pleno funcionamento, de acordo com o Artigo 184 do Código de Trânsito Brasileiro, veículos que transitarem por elas cometem infração gravíssima, podendo resultar em multa de R$ 293,00, além de pontuação na carteira e também remoção ou apreensão do veículo.

Humberto Alves/Arquivo F5News

Um destes corredores é o da Avenida Hermes Fontes, cuja obra se arrasta desde outubro de 2019 e o recurso inicial previsto foi de R$ 20 milhões. Com 6,8 km de extensão, o corredor corta os bairros São José, Salgado Filho, Suíssa, Luzia, Grageru, Inácio Barbosa e São Conrado, englobando ainda as avenidas Adélia Franco e José Carlos Silva.

Nova tentativa 

Essa é a segunda tentativa de implantação das chamadas faixas exclusivas para ônibus em Aracaju. Na última gestão do ex-prefeito João Alves Filho (in memoriam), dez corredores de ônibus foram criados em avenidas da capital, mas em novembro de 2017 a Justiça determinou a extinção desses espaços.

À época, o juízo da 12ª Vara Cível de Aracaju acatou a argumentação do Ministério Público Estadual (MPE) de que a sinalização de exclusividade só poderia ser aplicada após o término das obras públicas para implantação do chamado sistema BRT. Esse projeto, no entanto, foi descartado pela atual gestão, que executou em seu lugar o Plano de Mobilidade.