Sergipe receberá Centro de Treinamento de Cão-Guia
Cotidiano 20/08/2012 18h35 |Por Allana Andrade
Uma iniciativa do plano federal “Viver sem limites” trará, entre outros benefícios, um Centro de Treinamento de Cão Guia para Sergipe. Este plano envolve o Governo Federal, diversos Ministérios e a participação dos Estados e Municípios. “O plano prevê acessibilidade, educação inclusiva, acesso à saúde e inclusão social. Serão investidos R$ 7 bilhões e 600 milhões no Brasil todo e em Sergipe o termo de adesão será assinado no próximo dia 31 com a presença da ministra Maria do Rosário, da Secretaria dos Direitos Humanos”, explica Luiz Eduardo Oliva, secretário de Direitos Humanos e Cidadania (Sedhuc).
Segundo os dados do IBGE, só em Sergipe 79 mil pessoas possuem baixa visão ou cegueira. Isso sem falar dos mais de 33 mil que utilizam óculos e podem vir a ter baixa visão. No Nordeste este número sobe para 2 milhões. Josivaldo Siva, presidente dos Deficientes Visuais de Sergipe e da Comissão Cão Guia de Sergipe, acredita que o centro contribuirá para levar mais liberdade aos deficientes visuais. “O cão-guia é tão importante quanto a família porque ele vai trazer liberdade, qualidade de vida, segurança e habilidade no deslocamento”, explica.
De acordo com Luiz Eduardo Oliva, está prevista a existência de cinco centros de treinamento para cão guia, um em cada região do Brasil. “Em Sergipe a iniciativa se deu através do Instituto Federal de Sergipe (IFS) que concorreu com um projeto no edital e ganhou. O centro está previsto para funcionar no IFS de São Cristóvão”, disse.
Com a desistência do Amazonas, o Nordeste ficará com dois centros - um Sergipe e o outro no Ceará - para atender inicialmente a região Norte. O projeto passará pela fase de captação de recursos para preparar as matrizes de cão-guia. A raça utilizada é o labrador, cada animal treinado e pronto para ser utilizado custa mais de 30 mil reais.
Além disso, o treinamento precisará se adequar porque antigamente os animais precisavam ser treinados fora do país, é tanto que hoje apenas três treinadores possuem o certificado internacional no Brasil. Atualmente os animais aprendem os comandos em inglês, o que pode dificultar para pessoas mais pobres. “Será feita uma primeira turma com servidores da rede federal, para que possam retornar e implantar nas regiões. Cada pessoa pode treinar seis cães, porque o trabalho é difícil”, explica Otacílio Cerqueira, chefe do Departamento da Pró-Reitoria de Pesquisa e Extensão do IFS.
Este treinamento informado por Otacílio Cerqueira será realizado pelo Instituto Federal Catarinense, em Camboriú, local onde o projeto foi proposto, antes mesmo de se tornar nacional. O treinamento terá a duração de dois anos, tempo que também demorará para que seja construído o centro de cão-guia em cada região.
O cão é específico para cada pessoa, ele recebe treinamento junto com a pessoa que vai utilizá-lo. “O cão de um não serve para outro cego, ele entende que foi feito para viver com a pessoa e mesmo com o dono morto ele não pode ser novamente treinado”, afirma Luiz Eduardo Oliva. O secretário complementa que serão necessárias adequações nas ruas e educação no trânsito. “O cão, independente do sinal verde, só atravessa quando os carros estão completamente parados em fileira”, explica.


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