SSP promete elucidar o caso Jonatha até o final de julho
Atestado de óbito do jovem será expedito até sexta-feira Cotidiano 11/07/2012 18h17 |Por Sílvio Oliveira
O caso do estudante Jonatha Carvalho dos Anjos (16), morto em março de 2012, supostamente por policiais, poderá ser elucidado até o final de julho. A Secretaria de Segurança Pública confirmou que o corpo encontrado no município de Neópolis (SE) é do estudante, e entregará o atestado de óbito até esta sexta-feira (13). Também deu um prazo de 15 a 20 dias para levar o inquérito policial à Justiça.
O anunciou foi feito pelo secretário de Segurança Pública, João Eloy de Menezes, e pelo delegado do caso, Jonathan Evangelista, em reunião realizada na tarde desta quarta-feira (11) com os pais do jovem assassinado, Rosin
aldo Araújo Almeida e Patrícia Aires.João Eloy destacou que todas as diligências foram feitas, mas não se pode mandar o inquérito ainda para a Justiça sem ter provas de um autor. “Suspeita não condena ninguém. Não podemos inventar e cumprir tabela. No momento certo o delegado Jonathan irá chegar e dizer que está pronto”, afirmou, concedendo um prazo de 15 a 20 dias para que todo o inquérito seja fechado.
Segundo o delegado Jonathan Evangelista, todos os policiais envolvidos na morte dos jovens Anderson de Jesus Oliveira, Ricardo André Carvalho Pimentel, o ‘Fofo’, e Eraldo Santos de Jesus, conhecido como ‘Magode’, foram ouvidos. Também foram anexados ao inquérito os laudos de reconstituição, bem como do local do crime. Mesmo assim, ele não quis confirmar se o jovem foi morto junto com os outros três e se há participação dos policiais no crime do jovem. “Os policiais não confiram que ele estava no carro”, informou.
Ele também acrescentou que o tiro foi disparado na cabeça do estudante, mas não foi encontrado projétil no local onde estava o corpo. Por conta disso, o delegado destacou aguardar um segundo laudo do ambiente onde foi encontrado o corpo, supostamente local do crime, a fim de que possa fechar o inquérito.
Angústia, indigência e controvérsias
Antes de participar da reunião, a mãe do jovem, Patrícia Aires (foto ao lado), demonstrou abalo com a situação e disse que se mudou da casa onde morava, faz terapia e vive à base de tranquilizantes.
Ela demonstrou expectativa de ter uma reposta positiva da reunião e disse que o filho continua até o momento como indigente, por ainda não está de posse do atestado de óbito. “O corpo dos três apareceu,foram enterrados, menos o do meu filho. Foram mais de 11 dias de muita angústia. Eles perceberam o equívoco por ele ser menor, não ser culpado de nada e tentaram ocultar o corpo”, avaliou.
Ela afirma que o filho saiu de casa com os outros três, no mesmo carro; afirmação que também é corroborado pelo pai do adolescente assassinado. “Passei várias vezes perto do local que acharam o corpo do meu filho. Ele foi encontrado a dois metros da estrada. Eu fiz uma manifestação em frente da SSP, passei de helicóptero com a Polinter e no outro dia o corpo apareceu lá. Se o corpo estivesse lá daria para eu perceber, sem sombra de dúvida”,
questionou.Estiveram presentes à reunião, além do secretário de Segurança Pública, João Eloy, e do delegado do caso, Jonathan Evangelista, o advogado da família, Anderson Côrtes, a superintendente da Polícia Civil, Catarina Feitosa, o Coronel Yunes e o secretário de Direitos Humanos, Luiz Eduardo Oliva.
Primeiras versões
Jonathan desapareceu no dia 12 de março, data em que houve uma operação policial, que culminou na morte de três jovens – Anderson de Jesus Oliveira, Ricardo André Carvalho Pimentel, o ‘Fofo’ e Eraldo Santos de Jesus, conhecido como ‘Magode.
Eles foram acusados de participar de uma quadrilha de assaltos e Eraldo Santos de Jesus teria, supostamente, participado da morte de um policial militar de pré-nome Elder Freitas, no bairro Santa Maria, no dia 1 º de março.
Segundo relatou à época o pai do adolescente, o filho dele foi chamado por dois primos – Anderson de Jesus e Ricardo Pimentel – para ir à casa de um outro amigo na cidade de Neópolis. Os três teriam encontrado uma quarta pessoa chamada Eraldo, supostamente o jovem que matou o PM.
Os quatro deixaram Japoatã em direção a Aracaju e foram abordados por policiais na estrada. A SSP informou primeiramente que houve troca de tiros, mas ainda é dúvida.
Segundo Araújo, os corpos dos três jovens foram encontrados com vestígios de tiros à queima roupa, já que um deles tinha resquícios de pólvora na cabeça. A interrogação era onde estava o filho dele.
O pai adotivo do jovem ainda desaparecido procurou à imprensa, fez várias manifestações e chegou a denunciar descaso da SSP.
O corpo do jovem Jonathan Carvalho foi encontrado no dia 24 de março, perto de uma estrada em Neópolis (SE), depois de mais de 10 dias do ocorrido.
A família reconheceu o corpo, mas o IML não pode atestar por conta do estado de decomposição. Foi feito a coleta para fazer o teste de DNA em Brasília e ainda aguarda o atestado de óbito, previsto para até sexta-feira.
Fotos: Sílvio Oliveira


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