Superlotação no Huse provoca mais uma audiência no MPE
Huse passa por transformações nas alas de urgência e emergência Cotidiano 10/07/2012 15h53 |Por Míriam Donald
Sem ter como atender a grande demanda, o Hospital de Urgência de Sergipe (Huse) continua sendo pauta de audiência no Ministério Público de Sergipe (MPE). Desta vez, a ala vermelha, porta de entrada das urgências, e a ala amarela, na qual permanecem pacientes de maior gravidade no seu quadro clínico são alvos de denúncias por parte de pacientes e seus familiares. Para resolver o problema, houve uma audiência pública, nesta terça-feira (10).
Segundo o superintendente do Huse, Francisco Claro, a demanda aumentou significativamente. “A capacidade da área vermelha é de 16 pacientes, entretanto, há situação de atendimento de cerca de 30 pacientes”, relata. Para melhorar a situação, ele informou que existe um projeto de transformação das áreas vermelha e amarela em um eixo crítico com atendimento da parte clínica e do trauma, só sendo possível tal providência com a conclusão das obras do hospital, prevista para três meses.
Para o diretor clínico do Huse, o médico Marcos Krogger, a divisão do hospital em alas azul, amarela e vermelha, proposta pelo Ministério da Saúde, não observou a situação regional provocando no Huse a desativação da unidade de trauma que até então era tida como referência. “Devido a ausência do suporte dos hospitais regionais, existe uma sobrecarga na área vermelha, além da dificuldade de preencher as escaldas médicas por ausência de profissionais para contratação. Ele apresentou sugestões como a separação das áreas clínica e cirúrgicas e reestruturação do atendimento do hospital”, declara.
O promotor que conduziu a audiência, Fábio Viegas explica que como a promotoria de Direitos à Saúde tem sempre a preocupação de verificar as condições e a realidade da denúncia por muitas vezes ela ser inautêntica e para tanto, foi instaurado um procedimento administrativo que é um procedente preparatório, nesse caso e para apurar as condições pertinentes à ala vermelha e amarela do hospital. “Já sabíamos disso porque oficiamos a Vigilância Sanitária de Aracaju e a Coordenadoria de Vigilância em Saúde (COVISA) já tinham informado que há realmente a superlotação, principalmente na ala vermelha”, afirma.
A solução encaminhada é de que haja a possibilidade de 30 leitos na ala vermelha e de que o problema será resolvido, pelo menos paliativamente com a formalização ao Estado de Sergipe e a procuradora jurídica deve informar toda a documentação pertinente à reforma e ao funcionamento da nova ala.
Outros problemas e determinações
Além da superlotação, foram identificados outros problemas. A representante da COVISA, que fez vistoria técnica no dia de ontem (09) no Huse nas alas vermelha e amarela, apontou que a ala amarela não apresentou superlotação e a maioria das adequações anteriormente propostas foram cumpridas. Já a ala vermelha estava superlotada e o hospital ainda necessita de alguns ajustes, a exemplo de adequações no envio dos medicamentos do almoxarifado para as respectivas alas.
Além disso, a representante da Secretaria de Estado da Saúde SES, a advogada Ana Angélica, argumentou sobre o quantitativo de médicos que atendem o Huse, além da questão salarial dos preditos profissionais.
De acordo com o promotor de Justiça, isso é feito no intuito de dar uma maior tranquilidade. “Obviamente que ainda haverá problemas, e nós acompanharemos e no decorrer de noventa, cento e vinte dias vai ser implantada essa ala vermelha que atenderá a demanda hoje existente”, declara.
O promotor determinou à Superintendência do Huse a remessa semanal da escala dos médicos que laboram no Huse dias de sexta-feira, fixando multa pessoal e diária no valor de 100 reais ao superintendente Francisco Claro em caso de descumprimento da presente exigência.
A SES terá o prazo de 8 dias úteis para envio documento escrito informando o cronograma para conclusão das obras e efetivo funcionamento da unidade.


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