Aracajuanos pagaram 20% a mais pela cesta básica em 2015
Economia 11/01/2016 08h47 |Por Will Rodrigues
A cesta básica vendida em Aracaju (SE) teve a terceira maior alta acumulada ao longo de 2015, conforme levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Ao longo dos 12 meses do ano passado, o conjunto de bens alimentícios ficou 20% mais caro no comparativo com o mesmo período do ano anterior, ou seja, o consumidor pagou mais e levou menos para casa, uma das consequências da crise econômica instalada no país. Os grandes vilões dessa alta acentuada na cesta adquirida na capital sergipana foram o tomate e o açúcar, que tiveram um aumento de 29% e 38% em um ano, respectivamente.
No mês de dezembro o preço da cesta continuou subindo e apresentou quase dois pontos percentuais a mais, chegando ao valor de R$ 296,82 - ainda assim é considerado o menor entre as 18 capitais pesquisadas pelo Dieese. Contribuíram para essa elevação o preço do tomate e da farinha, que juntos ficaram cerca de 12% mais caros. Por outro lado, a banana e o óleo de soja ajudaram a estabilizar a cesta como a mais barata do país, já que ficaram 5% e 2% mais baratos no décimo segundo mês de 2015, respectivamente.
Em dezembro, o trabalhador sergipano que recebia o salário mínimo líquido de R$ 788 (vigente à época) comprometeu 41% dos vencimentos para adquirir os mesmos produtos que, em outubro, demandavam 40%. O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi 82 horas e 52 minutos, mais do que no mês de novembro (81h).
O Dieese estima que o valor mínimo do ganho mensal de um trabalhador, para suprir as necessidades básicas de uma família com quatro pessoas, é R$ 3.518,51. O valor é quase cinco vezes superior ao do salário mínimo em vigor à época.
As projeções dos economistas não são tão animadoras. Com a persistência da alta do dólar, que na semana passada atingiu o maior nível de fechamento desde setembro de 2015 e manteve o patamar acima de R$ 4 e a tendência de manutenção da inflação na casa dos dois dígitos (10,67% em 2015), a maioria dos produtos deve continuar com os preços elevados e o poder de compra do consumidor deve seguir em queda, como já foi observado no ano passado. Isso mesmo levando em consideração o reajuste de 11,6% no salário mínimo, uma vez que ele foi antecedido por aumento em vários produtos.


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